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Bancos fecharam mais de 100 agências num ano

15 out, 2020 - 17:47 • Lusa

O número de trabalhadores das instituições bancárias subiu ligeiramente, avança a Associação Portuguesa de Bancos. Nos próximos meses e anos os analistas preveem que o setor em termos agregados reduza o pessoal.

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Os bancos que operam em Portugal tinham 3.965 agências no final do primeiro semestre, menos 117 face a junho de 2019, segundo a Síntese de Indicadores do Setor Bancário divulgada esta quinta-feira pela Associação Portuguesa de Bancos (APB).

Quanto a trabalhadores, na atividade doméstica, eram 46.714 no final do primeiro semestre, neste caso praticamente estável (mais 41) face ao primeiro semestre de 2019, ainda de acordo com a associação que representa os principais bancos que operam em Portugal.

A redução da estrutura dos bancos tem vindo a acontecer nos últimos anos e, apesar do ligeiro ganho de trabalhadores indicado nestes dados, nos próximos meses e anos os analistas preveem que o setor em termos agregados reduza o pessoal.

No final de julho, a agência de ‘rating’ Fitch considerava que, face à nova ameaça para o setor bancário português que representa a crise da covid-19, uma das medidas que os bancos tomariam seriam novas reestruturações.


Hoje, o Mais Sindicato (ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas) e o Sindicato de Bancários do Centro disseram, em comunicado, que o Santander Totta está a chamar trabalhadores para propor rescisões de contrato por mútuo acordo, recusando os sindicatos "pressões ou ameaças".

O Montepio tem um plano alargado de saída de trabalhadores, que poderá envolver entre 600 e 900 pessoas.

A Caixa Geral de Depósitos vai continuar a cumprir este ano a redução de pessoal acordada no plano de reestruturação com a Comissão Europeia, o que passa pela saída de 250 funcionários no segundo semestre (além dos 179 que saíram até junho), mas a administração já admitiu que mais saídas poderão ser previstas no plano 2021-2024.

Quanto ao Novo Banco, o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários disse, em meados de setembro, que a instituição “tem vindo a apresentar propostas de reforma antecipada e de rescisão de contratos de trabalho por acordo a um conjunto de trabalhadores”.

Em abril, ainda no início da crise pandémica, o BCP disse que ia adiar a redução de trabalhadores que tinha previsto para este ano (numa postura que qualificou de “responsabilidade social”), mas que a faria no início de 2021.

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