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Doentes Covid-19 ocupam menos de 8% do total de camas nos hospitais de Lisboa e Norte

14 out, 2020 - 16:27 • João Carlos Malta

Segundo os dados fornecidos pela ministra da Saúde, Marta Temido, o número de internados com o novo coronavírus em hospitais das duas regiões em que a pandemia exerce mais pressão é na globalidade baixa.

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Nos últimos dias têm surgido notícias que revelam que há hospitais como o S. João, no Porto, a reajustar a atividade mediante o maior fluxo de doentes de Covid-19, mas a ministra da Saúde revelou os números de doentes Covid-19 que ocupam camas nos hospitais das duas regiões mais pressionadas pela doença, e a conclusão é que representam menos de 8% do total, em ambos os casos.

Ainda assim, há uma ressalva importante. A governante não avançou qual o número de camas libertas neste momento, em cada um dos casos.

Assim sendo, Marta Temido disse que na região de Lisboa e Vale do Tejo existe um universo de 6.330 camas que podem ser usadas para doentes Covid, e que não incluem tipologias como as unidades de queimados. Neste momento, há 419 doentes Covid-19 internados em enfermaria nesta zona do país. Ou seja, um valor que equivale a 7% do total.

Se estivermos a analisar as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) a percentagem sobe bastante, porque, das 301 camas, 64 são doentes portadores do novo coronavírus. Ou seja, 20% do total. Mais uma vez, Temido não disse quantas estão livres, neste momento.

A ministra da Saúde afirmou, no entanto, que à partida uma parte destas camas já "está reservada para utilização Covid".

Seguindo para Norte, nessa região, há um universo de 5.489 camas de enfermaria, das quais 294 estão ocupadas com doentes Covid-19. Contas feitas, é um valor que representa 5% do total.

Se olharmos para as UCI, aí há 357, das quais 56 estão com infetados do novo coronavírus.


NOVOS CASOS DIÁRIOS DE COVID-19

Já no que diz respeito à atividade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Marta Temido afirma que o mesmo tem “um esforço significativo” para manter a “resposta integral” às necessidades dos portugueses, tanto na “resposta Covid” como na “resposta às necessidades assistenciais”.

A ministra da Saúde anunciou que, até setembro deste ano, em relação ao período homólogo, registaram-se menos 410 mil consultas nos cuidados de saúde primários.

“Continuam a ser menos consultas, mas é um passo no sentido da recuperação de um caminho que temos de continuar a percorrer”, sublinha.

Portugal registou nas últimas 24 horas um recorde de 2.072 casos de Covid-19 e sete mortes, avança a Direção-Geral da Saúde.

Desde a chegada da pandemia ao país, no final de fevereiro, estão confirmados um total acumulado de 91. 193 casos e 2.117 óbitos.

Estão internados nos hospitais portugueses 957 doentes com Covid-19, mais 41 em relação ao dia anterior. Há mais três pessoas em unidades de cuidados intensivos, num total de 135.

O recorde diário de casos é registado no dia em que o Governo passou todo o país de situação de contingência para o estado de calamidade.

O Governo aprovou esta quarta-feira oito novas medidas e restrições para conter a pandemia de Covid-19, anuncia o primeiro-ministro, António Costa. Entre elas estão a proibição de ajuntamentos de cinco pessoas, obrigatoriedade do uso da máscara e da app StayAway Covid, restrições aos casamentos e agravamento de coimas para pessoas coletivas.

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