14 out, 2020 - 16:14 • Redação
Cristiano Ronaldo foi tratado como qualquer outro cidadão infetado com Covid-19, garantiu, esta quarta-feira, a diretora-geral da Saúde.
O capitão da seleção nacional foi transportado de volta a Itália, após testar positivo ao novo coronavírus, num avião-ambulância. Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, Graça Freitas salientou que foi aplicado a Ronaldo "o que se aplica a qualquer estrangeiro em Portugal" e aos outros dois jogadores infetados, José Fonte e Anthony Lopes, que regressaram a França.
O luxo do transporte não é responsabilidade das autoridades de saúde portuguesas. O transporte em condições de segurança fica inteiramente a cargo da pessoa doente e, de resto, é tratado exatamente como qualquer outra pessoa", salientou a responsável.
São procedimentos "bastante bem tipificados e os vários Estados-membro da União Europeia estão obrigados a cumpri-los, seja com um cidadão mais ou menos conhecido".
Graça Freitas também abordou a situação geral da seleção nacional, que já teve três casos positivos de Covid-19.
A diretora-geral da Saúde explicou que "todos os cidadãos, no decurso de um inquérito epidemiológico, são abordados pelas autoridades saúde e é feita a avaliação do risco que decorre em dois tempos".
Primeiro, é feita uma avaliação "preliminar e mais rápida". Depois, uma avaliação "minuciosa", ao longo da qual se vai descobrindo "os contactos de alto e baixo risco".
"O inquérito epidemiológico dos jogadores da seleção ainda não terminou. De qualquer maneira, este grupo está isolado na Cidade do Futebol. Vão ser aplicadas as mesmíssimas regras sejam quem forem. Se as autoridades de saúde chegarem à conclusão que houve contactos de alto risco, decidirão que ficam em isolamento", salientou Graça Freitas.
Contudo, esse relatório minucioso e consequentes ações poderão surgir já demasiado tarde, dado que o estágio da seleção nacional termina na quinta-feira. O último jogo é disputado esta quarta-feira, frente à Suécia.
De qualquer forma, a responsável máxima pela Saúde em Portugal salientou que, em contexto UEFA, "seguem-se as regras" definidas pelo organismo que tutela o futebol europeu:
"Se antes do jogo todos estiverem assintomáticos e todos testarem negativo, a probabilidade de, durante o jogo, um deles vir a tornar-se sintomático e transmissor é infinitamente pequena, portanto o jogo pode ser permitido pelas regras do futebol. As situações estão todas estudadas e todos os cidadãos são tratados de igual forma."