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Saudades de uma refeição a bordo? Avião esgota lotação com jantar de 400 euros

13 out, 2020 - 08:03 • Marta Grosso com The Guardian

Já lhe chamam a “febre da cabine”. Os sintomas são um desejo árduo de fazer uma viagem de avião com tudo a que se tem direito, pagando para comer a bordo, mas sem levantar voo. O fenómeno está a espalhar-se.

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Em Singapura, um avião parado esgotou a sua lotação para jantar. Os “passageiros” pagaram até 398 euros por uma refeição a bordo, só para recriar a experiência de viajar.

A iniciativa foi da Singapore Airlines e esgotou rapidamente: em menos de meia hora, todos os bilhetes para o “pop-up Restaurante A380” (um superjumbo de dois andares) estavam vendidos, referiu a companhia aérea à Bloomberg.

Durante dois fins-de-semana, metade dos 471 assentos disponíveis em cada um dos superjumbos estacionados no aeroporto de Changi foram ocupados. No final, os “passageiros” podiam ainda assistir a um filme.

A experiência tinha duas opções: uma refeição do menu padrão da Singapore Airlines, no valor de 398 euros por pessoa (642 dólares de Singapura) com serviço de suite ou 33 euros para a bandeja em classe económica. Os passageiros frequentes puderam ainda ganhar pontos para uma refeição.

Face ao sucesso da iniciativa, a companhia aérea teve de abrir listas de espera. Para estes, que não puderam comer a bordo, a empresa preparou uma refeição de primeira classe a ser desfrutada em casa – para tal, os interessados tinham de pagar 554 euros (888 dólares de Singapura). O preço inclui talheres, chinelos e kits de acessórios.

Esta é a última de uma série de iniciativas de aumento de receita por parte de companhias aéreas que sofreram grande revés financeiro com o confinamento causado pela pandemia de Covid-19.

“Voos para lugar algum” é uma tendência que está a ter elevada adesão na Ásia, incluindo em Taiwan e no Japão, onde já se fizeram “voos temáticos” sobre o Havai, depois de o serviço para Honolulu ter sido suspenso.

Na Austrália, a Qantas esgotou recentemente uma “viagem paisagística” num 787 Dreamliner, que voou pelo país, partindo de Sydney e aterrando na mesma cidade.

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