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Covid-19

Hospital das Forças Armadas acolhe dois infetados do hospital de Loures

10 out, 2020 - 21:43 • Lusa

Os dois doentes infetados “foram recebidos por uma equipa médica e encaminhados para as enfermarias de isolamento, onde lhes irá ser prestado o devido acompanhamento médico”, anunciou a instituição

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O Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, recebeu este sábado dois doentes infetados com covid-19, após um pedido do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, anunciou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

Em comunicado, o EMGFA informou que deram entrada no polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas “dois doentes infetados com covid-19, provenientes do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures”.

“Este apoio surge na sequência de um pedido do Hospital de Loures, no âmbito do protocolo de colaboração” entre o Hospital das Forças Armadas e a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, “tendo o transporte sido realizado por uma ambulância de Loures”, acrescentou o EMGFA.

Os dois doentes infetados “foram recebidos por uma equipa médica e encaminhados para as enfermarias de isolamento, onde lhes irá ser prestado o devido acompanhamento médico”, segundo a nota do EMGFA.

Na semana passada, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), alertou para a falta de recursos humanos nos centros de saúde e no Hospital Beatriz Ângelo, apontando para alguns constrangimentos no acesso aos cuidados de saúde.

Bernardino Soares alertou para o congestionamento daquele hospital que serve os concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço, e defendeu a necessidade de existir uma maior articulação regional.

“O Hospital Beatriz Ângelo tem muito mais internamentos do que os outros hospitais da região e isso significa que torna mais difícil o tratamento dos doentes covid aqui da zona e também tira recursos ao resto da atividade do hospital, penalizando a população”, alertou na altura.

Na sexta-feira, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) garantiu que os 13 hospitais da região com capacidade para acolher doentes covid-19 estavam “distantes de esgotar” as camas disponíveis.

Na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus, o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, explicou que esta região, que abrange 3,6 milhões de pessoas, tem 13 hospitais com capacidade para tratar doentes com covid-19, existindo 6.339 camas que podem ser alocadas para situações covid ou outras.

Segundo o responsável, os 13 hospitais desta região têm 503 camas dedicadas a doentes covid-19 e, naquela altura, estavam internadas 383 pessoas.

Em relação às unidades de cuidados intensivos, na região da capital há 98 camas para doentes covid-19, 74 das quais estão atualmente ocupadas.

Luís Pisco avançou que existe nos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo um plano com três níveis de contingência conforme a situação epidemiológica se agravar e for necessário abrir mais camas, podendo chegar a um total de 917 camas e, no caso das unidades de cuidados intensivos, pode chegar-se às 185.

o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo sublinhou igualmente que há outras estruturas hospitalares que podem dar apoio, designadamente o Hospital das Forças Armadas, que pode ceder camas para doentes covid mais graves e cuidados intensivos, o Centro de Atendimento Militar de Belém, para casos menos graves e pode chegar até às 90, e a base do Alfeite, para pessoas que precisam de estar em quarentena e não têm condições em casa.

Luis Pisco disse ainda que, nos últimos tempos, os hospitais que têm “estado debaixo de maior pressão” são o Beatriz Ângelo, em Loures, e Fernando Fonseca, na Amadora, porque são os locais com mais casos de covid-19.

“Estamos a trabalhar com eles para procurar que sempre que estejam prestes a atingir o seu máximo se consiga transferir doentes para outros hospitais”, precisou.

Portugal contabiliza pelo menos 2.067 mortos associados à covid-19 em 85.574 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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