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Covid-19. Trump diz que contrair a doença foi uma “bênção de Deus”

08 out, 2020 - 06:37 • Lusa

O presidente explicou que planeia aprovar com caráter de urgência o cocktail da Regeneron que lhe foi administrado e garantiu que o mesmo será distribuído gratuitamente.

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O Presidente dos Estados Unidos diz que contrair Covid-19 foi uma “bênção de Deus” e garante que isso ajudará a “curar” outros norte-americanos, apesar de o próprio ainda não ter superado a doença.

Embora os seus médicos afirmem que o Presidente não estará fora de perigo antes de segunda-feira, Trump explicou, num vídeo publicado no Twitter, que desta forma pôde comprovar em si mesmo o efeito do cocktail experimental de anticorpos sintéticos da farmacêutica Regeneron, que foi aplicado a menos de 10 pessoas fora dos ensaios clínicos.

“Para mim não foi algo terapêutico, fez com que me sentisse melhor. Chamo a isso uma cura. E quero que toda a gente tenha o mesmo tratamento que o seu Presidente”, afirmou.

Nesse sentido, Trump explicou que o seu governo planeia aprovar com caráter de urgência o mix da Regeneron que lhe foi administrado e garantiu que o mesmo será distribuído gratuitamente.

“Não me estava a sentir muito bem e passado muito pouco tempo deram-me Regeneron e outras coisas, mas diz que este foi o principal: foi incrível e senti-me logo bem. Estamos a tentar ter esses medicamentos como emergência - já dei autorização - e se estiverem no hospital e se sentirem mesmo mal, acho que vamos conseguir que sejam distribuídos gratuitamente”, afirmou.

A declaração foi feita um dia depois de a Agência do Medicamento dos Estados Unidos (FDA) estabelecer critérios de aprovação de uma futura vacina contra a Covid-19, que tornam improvável a sua autorização antes das eleições presidenciais em 3 de novembro.

O vídeo foi gravado fora da ala oeste da Casa Branca, onde o Presidente esteve a trabalhar na Sala Oval, apenas seis dias depois de ter testado positivo à Covid-19.

O comportamento do Presidente, desde que abandonou o hospital, na segunda-feira à noite, tem sido alvo de críticas e escrutinado com particular atenção no momento em que o número de trabalhadores da Casa Branca que testaram positivo para o novo coronavírus não pára de aumentar.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (210.918) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 7,5 milhões).

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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  • José J C Cruz Pinto
    08 out, 2020 ILHAVO 20:24
    Desculpem-me a insistência, porque já anteriormente me referi à excelente e oportuna fotografia que figura logo no início (pouco abaixo do título) desta notícia, e que já figurou noutra, há mais tempo. A pergunta agora é se os "apêndices cranianos" tão bem captados na foto também foram uma dádiva de Deus, ou só uma partida do fotógrafo.

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