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5 outubro

Medina elege habitação e transportes para não perder a oportunidade da recuperação económica

05 out, 2020 - 12:23 • Paula Caeiro Varela , Eunice Lourenço

Presidente da Câmara de Lisboa reconhece que pandemia veio tornar visíveis debilidades da área metropolitana e alertou contra extremismos e “crises artificiais”

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A habitação e os transportes estão no centro dos quatro programas com o que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, pretende aproveitar o plano de recuperação económica desenhado pelo governo e que mereceu grandes elogios do autarca no discurso que fez na cerimónia do 5 de outubro, que decorreu esta segunda-feira.

O programa de recuperação é “uma responsabilidade pesada”, mas também uma “oportunidade única” que a Área Metropolitana de Lisboa, a que Medina também presidente, não pode desperdiçar.

O primeiro programa elencado por Medina é um “vasto programa” de combate à pobreza. O segundo é um programa de “habitação digna para todos”, a que se junta um reforço do programa de habitação acessível para jovens e famílias. Por fim, um programa para os transportes coletivos pesados que permita, finalmente, criar uma rede que sirva toda a Área Metropolitana.

“Há uma visão estratégica e rumo definido”, disse Medina no discurso que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal, e no qual reconheceu que “só a pandemia tornou visíveis” vários problemas da AML, onde vivem “paredes-meias” o que de mais desenvolvido o país tem e bolsas de pobreza, de afastamento da representação institucional e de extremismo.

No seu discurso, Medina também deixou, no entanto, aviso para além da AML. Disse que é “o momento do proteger o musculo económico do país” e, por isso, é preciso que todos assumam “a coragem da responsabilidade” da resposta à situação difícil do país, sem “crises artificiais”.

Num recado aos partidos de esquerda, o presidente da Câmara de Lisboa lembrou e deu razão aos que, num passado recente, defenderam que era possível ter uma política económica diferente. “Mas ter razão não basta. É preciso, quando confrontado com as suas responsabilidades, assumir a coragem da sua responsabilidade”, apelou.

“Para que isso aconteça é necessário que o país se mantenha focado no essencial. Ninguém entenderia que, num país ainda marcado por feridas da última crise, alguns preferissem uma crise artificial à responsabilidade da resposta à vida de milhões de portugueses”, reforçou Fernando Medina.

A celebração do 5 de outubro decorreu, este ano, num modelo adaptado à situação de pandemia, com a participação do Presidente da República e as presenças do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, do primeiro-ministro, António Costa, e de três dos quatro presidentes dos tribunais superiores. O presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Costa Andrade, não esteve presente por ainda aguardar o resultado do teste à covid-19, depois de ter participado no Conselho de Estado de terça-feira com António Lobo Xavier, este domingo soube estar infetado com Covid-19. Não ficou um lugar livre, foi ocupado chefe de gabinete do primeiro-ministro, Victor Escária.

Estiveram ainda na cerimónia, cinco vereadores, um por cada partido com representação na Câmara: o vice-presidente João Paulo Saraiva e os vereadores Teresa Leal Coelho (PSD), João Gonçalves Pereira (CDS-PP), João Ferreira (CDU) e Manuel Brito (BE).

Comentários
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  • Ivo Pestana
    05 out, 2020 Funchal 14:13
    O emprego também.
  • Cidadao
    05 out, 2020 Lisboa 13:31
    A habitual retórica do "visionário-de-balelas" que deu cabo da mobilidade em Lisboa a troco de muitos milhões, quer uma linha de Metro circular, tipo disneylândia para turistas, que nada contribui para resolver problemas de transito, enquanto se prepara para disputar o lugar do Costa, quando ele largar o governo para se candidatar a Presidente

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