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Conselho Europeu. Sanções à Bielorrússia e tensões com Turquia em cima da mesa

01 out, 2020 - 07:55 • Lusa

Entre outras questões que também abordadas estão a escalada de tensões em Nagorno-Karabakh, o impasse nas negociações pós-Brexit e ainda a recuperação económica após a pandemia.

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Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia reúnem-se quinta e sexta-feira em Bruxelas para tentar chegar a acordo sobre a aplicação de sanções aos repressores na Bielorrússia, num processo bloqueado por Chipre.

A aplicação de sanções à Bielorrússia – na sequência da repressão no país à onda de protestos contra a reeleição do Presidente, Alexander Lukashenko – deverá ser um dos assuntos dominantes neste Conselho Europeu extraordinário que hoje arranca.

Após a ‘luz verde’ dada pelo Conselho da UE em agosto passado, a lista de medidas restritivas relativamente à Bielorrússia tem de ser formalmente aprovada por unanimidade para ficar em vigor, processo que o Chipre está a bloquear por exigir medidas semelhantes contra a Turquia, dada a crise do Mediterrâneo oriental.

Numa altura de tensão em Minsk, caberá aos líderes europeus acordar sobre estas sanções à Bielorrússia, num processo negocial que várias fontes europeias anteveem como longo.

As mesmas fontes frisam que caberá ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, salientar o apoio incondicional da UE a Chipre e à Grécia relativamente às investidas da Turquia, esperando-se que, através da via diplomática e da promessa de um reforço de sanções a Ancara, Nicósia ceda e aprove as medidas restritivas para a Bielorrússia.

As presidenciais de 9 de agosto na Bielorrússia deram a vitória a Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, o que é contestado pela oposição e não é reconhecido pela UE.

Nesta cimeira europeia, que foi adiada por uma semana devido ao isolamento de Charles Michel por ter tido contacto com um funcionário infetado com covid-19, grande parte dos assuntos estarão também relacionados com a crise do Mediterrâneo oriental.

As tensões entre Ancara e Atenas e Nicósia têm vindo a subir de tom devido às perfurações ilegais turcas nas zonas económicas especiais da Grécia e do Chipre, reclamadas pela Turquia.

“O nosso objetivo é criar um espaço para um diálogo construtivo com a Turquia para alcançar a estabilidade e segurança em toda a região e assegurar o pleno respeito pela soberania e direitos soberanos de todos os Estados-membros da UE. Isto só será possível se a Turquia se empenhar de forma construtiva”, argumenta Charles Michel no convite para a cimeira enviado aos líderes europeus.

Entre outras questões que serão também abordadas ao longo destes dois dias de trabalhos a escalada de tensões em Nagorno-Karabakh, o impasse nas negociações pós-Brexit e ainda a recuperação económica após a crise gerada pela pandemia de Covid-19.

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