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Metro de Lisboa: Desabamento na Linha Azul faz quatro feridos e corta circulação durante "pelo menos um a dois dias"

29 set, 2020 - 15:01 • Redação, com Lusa

A circulação está interrompida entre as estações de Praça de Espanha e São Sebastião. Câmara de Lisboa admite que pode ter ocorrido um erro técnico durante as obras em curso naquela zona.

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O abatimento de parte de uma secção do teto na Linha Azul do Metro de Lisboa fez quatro feridos ligeiros e obrigou ao corte da circulação. A gravidade dos ferimentos não é conhecida. O desabamento aconteceu na estação da Praça de Espanha.

"Das quatro pessoas, duas por precaução foram levadas para o hospital, mas nada de grave, felizmente", disse aos jornalistas o vereador da Proteção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro.

O responsável explicou aos jornalistas que, pouco antes das 14h30, "abateu-se sobre algumas carruagens do Metropolitano que estava a circular na Praça de Espanha um bocado de pedra, com peso, que danificou as carruagens".

"Felizmente, não registaram problemas graves. Há apenas quatro feridos, três apenas por razões de pânico. Estavam cerca de 300 pessoas dentro das carruagens, que foram prontamente e de forma segura retiradas do Metropolitano.”


A circulação vai estar interrompida durante "pelo menos um a dois dias", avança o vereador da Proteção Civil. O corte será entre as estações de Laranjeiras e Marquês de Pombal.

“Neste momento não estão reunidas as condições para reabrir o túnel. Vão já começar os trabalhos para que sejam retomadas as condições de normalidade, o mais breve possível. De acordo com uma análise muito preliminar, prevê-se pelo menos um a dois dias de interrupção aqui”, disse o vereador aos jornalistas.

A Câmara de Lisboa já está a preparar as respostas adequadas para os passageiros que habitualmente utilizam a da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa, que passa por um reforço dos autocarros da Carris.

A circulação está interrompida entre as estações de Praça de Espanha e São Sebastião.


Autarquia admite eventual erro técnico nas obras em curso

A zona onde aconteceu o desabamento encontrava-se em obras. Quando às causas do acidente, Carlos Castro considera que “tudo aponta nesse sentido” de que tenha ocorrido um erro técnico. "Temos que apurar as responsabilidades e foi aberto um inquérito", sublinha.

O presidente do Metro de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, adianta que os operários estavam a demolir parte de uma estrutura de betão armado e, ainda não sabemos porquê, furaram o teto da galeria do Metropolitano”.

"A galeria do Metropolitano deve ter mais ou menos 50 anos, é bastante antiga, danificando o comboio que estava no momento a passar."

As equipas do Metropolitano estão a retirar o comboio, que vai ser levado para a manutenção. Depois a galeria perfurada será reforçada. O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) vai avaliar o estado da estrutura.

"Como não podemos operar nesta zona, vamos operar entre a Reboleira e as Laranjeiras e entre Marquês de Pombal e Santa Apolónia, O trajeto fica cortado entre Laranjeiras e Marquês de Pombal", explica Vítor Domingues dos Santos.

"Não sabemos ainda quanto tempo vai demorar. Para já, tem que ser por fases, é um trabalho delicado, tem que ser feito com muito cuidado, é uma estrutura muito antiga", sublinha.

Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP referiu à Lusa que o alerta para o incidente foi dado cerca das 14h30.

Fonte do Metropolitano de Lisboa disse à Lusa que a circulação na linha Azul está interrompida desde as 14h23, altura em que se deu o "abatimento de um teto" entre a estação de São Sebastião e a Praça de Espanha.

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