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Coronavírus

Madeira insiste que despistagem nas viagens deve ser feita na origem

27 set, 2020 - 17:35 • Lusa

As autoridades esperam que a Comissão Europeia uniformize as regras para se viajar durante a pandemia.

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A Madeira vai insistir para que a União Europeia determine um “critério uniforme” aplicável a todos os estados-membros para a realização do controlo da Covid-19 nas viagens ser realizado na origem, sublinhou este domingo o Governo Regional.

“Vamos continuar a insistir, pese embora o modelo que adotamos na Madeira, que era importantíssimo que a União Europeia através da Comissão, tomasse uma posição que fosse uniforme para todos os estados e obrigasse a que o controlo se fizesse no momento do início da viagem”, declarou o secretário do Turismo e Cultura madeirense.

Eduardo Jesus falava à margem da cerimónia de atribuição de 24 medalhas de Mérito Turístico pelo Governo da Madeira (de ouro, prata e bronze) a várias pessoas e entidades, reconhecendo o contributo para o setor, assinalando este domingo o Dia Mundial do Turismo.

O governante madeirense considerou que a determinação desta medida de controlo seria “extraordinariamente importante” para a Madeira e “a retoma e a atividade neste setor seria necessariamente outra, mesmo com o efeito desta dimensão da pandemia que se assiste em toda a Europa”.

“Não há dúvida nenhuma acerca disto”, vincou o responsável, considerando que “tarda essa decisão e enquanto a mesma não acontecer, o efeito da pandemia vai fazer-se sentir, pese embora o esforço enorme que está a ser feito por parte do Governo Regional para que essas consequências sejam as mais pequenas possíveis”.

Eduardo Jesus salientou que a “Madeira tem aqui uma vantagem relativamente ao resto dos destinos, principalmente aos que são tradicionalmente concorrentes”, que permitiu que a região tenha hoje “um posicionamento que é único, porque nenhum outro destino turístico no mundo se encontra como a Madeira” em termos de segurança no exterior.

Mas, complementou, “o setor está refém da procura e a procura está refém da confiança e esta do medo que se instalou com a pandemia”.

“A Madeira fez percurso que é ímpar e lhe valeu claramente um posicionamento único. A Madeira é o destino que está melhor preparado para garantir a confiança às pessoas. Agora é preciso aqui chegar e é essa parte da confiança que e preciso conquistar”, enfatizou.

O responsável também destacou que outra “forte batalha da Madeira” foi conseguir demonstrar aos países emissores que a região tem uma situação epidemiológica “completamente diferente do espaço continental”, com a ausência de óbitos provocados pela Covid-19.

Ainda com a definição dos critérios do número de infetados por 100 mil habitantes definido pela Comissão Europeia, o arquipélago fica colocado “no corredor verde de qualquer país europeu”.

“Seria importante era que esta definição se tornasse clara”, afirmou, recordando que o “esforço feito junto do Reino Unido”, ao ser feita essa distinção “a reação foi imediata e o maior operador inglês para a Madeira duplicou as frequências” para a região.

Por isso, Eduardo Jesus, defendeu ser necessário “que haja este reconhecimento, que não é uma reivindicação em demasia, é pela simples justiça da realidade que vivida” no arquipélago.

Confrontado com o anúncio de despedimentos nos setores ligados ao turismo e encerramento de unidades hoteleiras, Eduardo Jesus realçou que todas as medidas adotadas pelo governo madeirense têm como prioridade “assegurar os postos de trabalho”.

De acordo com os últimos dados revelados sábado pela autoridade regional de saúde, a Madeira regista 54 casos ativos de Covid-19, reportando 211 situações confirmadas e 157 doentes recuperados.

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