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Itália e Comunidade de Sant'Egídio vão acolher 300 refugiados de Lesbos

25 set, 2020 - 13:14 • Ana Lisboa

O projeto terá uma duração de 18 meses e dá prioridade à transferência de famílias e menores não acompanhados.

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A Comunidade de Sant'Egídio e o Estado Italiano assinaram esta semana um acordo que vai autorizar a reabertura dos corredores humanitários, permitindo a entrada no país de 300 refugiados vindos da ilha grega de Lesbos, onde os recentes incêndios no campo de Moria tornaram ainda mais difícil a situação de milhares de pessoas.

"Os corredores humanitários fazem emergir o rosto de uma Itália que, juntamente com outros países europeus, olha para o futuro respondendo a crises humanitárias com sentido de humanidade e caminhos de integração", declarou o presidente da Comunidade de Sant’Egídio, Marco Impagliazzo, num comunicado divulgado na página da organização católica que tem sede em Roma.

Este responsável sublinhou ainda que Itália “há já algum tempo tem demonstrado acreditar neste modelo de acolhimento que envolve de perto a sociedade civil. Para os requerentes de asilo, que vivem em condições dramáticas na ilha de Lesbos, a esperança de uma nova vida em Itália e no nosso continente é reaberta".


O projeto, que constitui a primeira resposta italiana ao apelo da União Europeia para o acolhimento dos refugiados que se encontram em Lesbos, terá uma duração de 18 meses e dará prioridade à transferência de famílias e alguns menores não acompanhados, que serão recebidos por aquele movimento católico, responsável pelo seu acolhimento e integração.

Este acordo prevê que a chegada dos refugiados decorra de "forma legal e segura e em condições de proteção internacional, com especial atenção às pessoas mais vulneráveis, para as quais é urgente um caminho de inclusão e estabilização social, cultural e linguística".

Recorde-se, que no início deste mês de setembro, ficou praticamente destruído o maior campo de refugiados da Grécia, em Moria, na Ilha de Lesbos, depois de terem deflagrado vários incêndios, na sequência de confrontos entre os cerca de 13 mil migrantes.

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