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Padres de Bragança-Miranda refletem sobre a pandemia

15 set, 2020 - 12:20 • Olímpia Mairos

D. António Taipa, bispo auxiliar emérito da Diocese do Porto orientou o retiro aos sacerdotes de Bragança-Miranda e apresentou a atual pandemia como “um tempo que nos projeta para o futuro”.

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O retiro anual dos sacerdotes da diocese de Bragança-Miranda foi orientado por D. António Taipa, Bispo auxiliar de emérito da Diocese do Porto, e, em tempos de pandemia, o tema não podia passar ao lado, com o prelado a apresentar este tempo de crise como um tempo de grande esperança.

“Olhar para a pandemia como uma grande crise nossa, revelou muito do homem, de bom, de solidariedade, de capacidade de criação, da capacidade de se dar, da capacidade de trabalhar. E eu considero que é um tempo que nos projeta muito para o futuro”, afirma D. António Taipa.

Durante os dias de oração, recolhimento e reflexão, o prelado foi à Sagrada Escritura “buscar momentos de crise forte, mas de crise das quais nasceram grandes promessas e grandes esperanças, para vermos este tempo duro de pandemia nesta perspetiva”.

“É um tempo de crise, é um tempo de provação, é um tempo de exigência, mas há de ser lido como um tempo também de grande esperança. O complicado será descobrir o que Deus espera de nós. E nós vamo-lo descobrindo na medida em que vamos refletindo, pensando e entendendo estas coisas”, realça D. António Taipa.

No retiro, promovido pela Vigararia Episcopal para o Clero, participaram dezassete sacerdotes que cumpriram fortes medidas de prevenção e segurança, devido à Covid-19.

“Nomeadamente o distanciamento social. Não há nenhuma situação em que estivessem mais próximos do que dois metros e meio, três metros. Todos usaram máscara em todas as situações, o uso dos desinfetantes, e, depois, o controle da temperatura que era feito todos os dias. Estivemos em observância absoluta destas normas, cumpridas até ao fim, em absoluta segurança”, explica o prelado.

Das medidas de prevenção e segurança implementadas devido à Covid-19, destaca-se ainda a existência de tapetes para desinfeção e secagem do calçado. No extenso refeitório foi atribuída uma mesa a cada sacerdote para a realização de todas as refeições. As mesas estiveram com distanciamento de 2,5m e na igreja, durante as celebrações - eucaristia, laudes, vésperas, cada sacerdote ficou sempre no mesmo banco, identificados nas extremidades.

“Graças a Deus, não houve nada de especial. Tivemos cuidado. O distanciamento social ainda permitia e levava a um silêncio muito maior. As pessoas não se aproximaram umas das outras, para conversar. Tudo isso convergiu inclusivamente para que o retiro pudesse ser ainda mais interiorizado”, conclui o bispo auxiliar emérito da Diocese do Porto.

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