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Trump admite vender F-35 aos Emirados Árabes Unidos apesar da oposição de Israel

15 set, 2020 - 19:45 • Lusa

Poucas semanas depois do acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, surge o primeiro problema.

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O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse esta terça-feira que não terá "qualquer problema" em vender caças F-35 aos Emirados Árabes Unidos, apesar da oposição de Israel, no dia em que estes dois países restabelecem as suas relações.

Israel e os Emirados anunciaram em 13 de agosto terem alcançado um acordo, que será assinado hoje sob a égide dos Estados Unidos, que torna o país do Golfo o terceiro Estado árabe a reconhecer o Estado hebreu, depois do Egito e da Jordânia, antes da inclusão neste lote do Bahrein, que na semana passada anunciou idêntico gesto.

Mas, poucas semanas depois do acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos surgiu o primeiro problema, com Israel a manifestar-se contrário às intenções dos EAU de comprar caças militares aos Estados Unidos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alegou a necessidade de o seu país manter a supremacia militar na região, para se opor à compra dos aviões militares por parte dos Emirados.

Hoje, Trump esclareceu que não se oporá a este negócio, apesar da oposição de Israel.

“Pessoalmente, não terei qualquer problema com isso. Não terei qualquer problema em vender-lhes F-35”, disse o Presidente norte-americano, durante uma entrevista à estação televisiva Fox News, três horas antes da assinatura do acordo entre Israel e os Emirados.

Trump alega a importância deste negócio para os EUA, salientando o número de postos de trabalho que ele permitirá.

Contudo, na semana passada, o conselheiro e genro de Trump, Jared Kushner, admitiu que a venda ainda estava a ser alvo de análise.

“É um tema que ainda estamos a discutir, em fase de consulta”, disse Kushner, garantindo que os EUA sempre respeitarão a superioridade militar de Israel.

“Mas os Emirados Árabes Unidos são um grande aliado do exército dos Estados Unidos”, acrescentou Kushner, lembrando que o país hebraico é uma peça importante para responder às ameaças do Irão, no Médio Oriente.

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