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TAP anuncia seis novas rotas e dispensa mais 300 trabalhadores

11 set, 2020 - 10:36 • Marta Grosso com Lusa

No final do mês, a companhia aérea já terá menos 600 trabalhadores do que no final de 2019. Prossegue a política de não renovação de contratos. Mas há novos voos previstos para 2021.

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A TAP anunciou nesta sexta-feira que vai voar para Ibiza, Fuerteventura e Zagreb no verão de 2021, tendo ainda previstas duas novas rotas para a Tunísia e uma para Marrocos. Isto, numa altura em que é elaborado o plano de reestruturação.

Segundo comunicado da transportadora, as novas rotas para o próximo verão enquadram-se na "estratégia de rede de conexão" entre a Europa, as Américas e África, com a companhia a "aproveitar as oportunidades de expansão sazonais para planear e otimizar a sua rede de destinos".

A ligação a Zagreb (na Croácia) tem data de início prevista para março, enquanto os voos inaugurais para Ibiza e Fuerteventura arrancarão entre maio e junho de 2021, com a TAP a assegurar duas ligações semanais (aos sábados e domingos) entre Lisboa e Ibiza e um voo semanal (aos sábados) com Fuerteventura.

Relativamente a Zagreb, a companhia aérea prevê efetuar três voos por semana: às quartas, sexta e domingos. Saída de Lisboa às 8h00 e chegada à capital croata às 12h05.

A empresa adianta ainda, no comunicado a que a Lusa teve acesso, já ter iniciado a venda de bilhetes para estes três novos destinos europeus.

O verão de 2021 vai também colocar na rota da TAP três novos destinos de praia no Norte de África, nomeadamente Djerba e Monastir, na Tunísia, e Oujda, em Marrocos, com inauguração prevista entre maio e junho de 2021.

De acordo com a informação, a TAP vai passar a voar aos domingos e às sextas-feiras para Djerba e Monastir, respetivamente, com partidas de Lisboa às 9h25 e 10h00 e chegadas aos destinos, pela mesma ordem, às 12h30 e 12h55.

Para Oujda a TAP terá dois voos semanais, aos sábados e domingos, com saída do aeroporto de Lisboa às 10h00 e chegada às 12h05.

A comercialização destes voos vai iniciar-se em 15 de setembro, segundo adianta o comunicado.

A estas novas rotas para o verão de 2021 vão juntar-se os novos destinos que a companhia tinha anunciado para este ano, mas cujo início teve de ser adiado por causa da pandemia de 2021, refere a mesma nota.

Em causa estão as novas ligações da TAP para Cancún, Cidade do Cabo, Agadir e Santiago de Compostela.

Reestruturação e mais despedimentos

O anúncio e novas rotas surge num momento em que o Boston Consulting Group (BCG) está a preparar o plano de reestruturação para apresentar à Comissão Europeia, contrapartida da aprovação de um auxílio estatal que pode chegar aos 1.200 milhões de euros.

Segundo foi comunicado aos sindicatos representativos dos trabalhadores, a primeira versão do documento deverá estar concluída no final de outubro.

Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, confirmou que o antigo presidente executivo (CEO) da companhia, Antonoaldo Neves, ainda se encontra na empresa, mas "não por muito mais tempo".

O governante assegurou então que, "até ao final do mês, já temos um novo CEO que se chama Ramiro Sequeira, que é um grande quadro português da TAP", adiantando que a Parpública – empresa gestora de participações públicas – está a concluir um processo de seleção da empresa de 'head hunting' (caça talentos) que irá escolher internacionalmente o futuro líder da TAP.

Em 2 julho, quando anunciou o acordo com os acionistas privados para o Estado ficar com 72,5% do capital – e a saída de David Neeleman –, Pedro Nuno Santos tinha dito que Antonoaldo Neves seria substituído "de imediato".

Nesta sexta-feira, a imprensa dá conta de mais 300 despedimentos na companhia. A TAP não deverá renovar 300 contratos a prazo nos próximos meses – medida que se segue à dispensa de cerca de 600 trabalhadores com vínculos com termo certo desde o início da pandemia.

A redução de postos de trabalho pode, contudo, não estar concluída, face ao plano de reestruturação.

A TAP empresa cerca de dez mil trabalhadores.

O Estado detém uma participação social de 72,5% na companhia aérea, o empresário Humberto Pedrosa 22,5% e os trabalhadores os restantes 5% do grupo.

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  • Sonia
    12 set, 2020 Lisboa 18:03
    A TAP e a mentalidade colonialista. Estamos no ano de 2020, 46 anos após a queda do regime salazarista e ainda a TAP Air PORTUGAL continua a ter a mesna mentalidade colonialista de 1966, as jesmas práticas de gestão ali, quando começo a voar para então as chamadas "colonias". Vejamos: Com toda a tecnologia hpje disponível, tanto para a empresa como eu clientes passageiros em Africa,(reservas,compras de bilhetes passagem,agencias inumeras ao serviço e sem nenhum custo para a TAP) a nossa empresa estatal se dá ao desperdicio e luxo de ,nas Escalas da Africa, ter a obsoleta e despendiosa figura de Representante/Delegado, fazendo nenhum, com mordomias de fazer inveja a qualquer diplomata do país. Casa,carro,combustível, saco azul para "jantares de relações publicas",e um estrondoso vencimento pago na Sede de 8.000 a 12.000 euros!!! A pergunta que nos virá à memória: o que faz essa "figura" tao importante para ganhar tanto? Resposta: NADA! Quase absolutamente NADA de NADA. Mas como? Simples. Tudo é preparado,estudado,tratado,por nós aqui na Sede. Vejamos os exemplo de Angola e Moçambique. 87% dos passageiros ali compram pela net, fazem check-in pela net,pagam pela net. Restantes feitos pelas agências de viagens. O Representante ali só atende cocktails,jantares, inaugurações...em nome da TAP air Portugal...enquanto todo o trabalho junto a esses mercados africanos, toda a c9ntabilidade, marketing, tudo, completamente tudo é feito por nós aqui na Sede. Num momento dificil que vivemos, contando tostões, temos essas "figuras" a esbanjar o dinheirinho de Bruxelas e dos portugueses. Só mesmo a nossa TAP Air Portugal. Dá se a pandemia e todos esses Representantes fogem para a metrópole, e não instante haver vôos em situação difícil, deixam todas as tarefas para os colonizados funcionários resolveram( e vêm resolvendo e bem). Mas quem fala de Angola ou Moçambique, fala de Guiné, Cabo Verde, S.tome, onde essas figuras que nada fazem, muito gangam e pir vezes ate envergonham os seus conterraneos pelas suas más afirmações morais e cívicas. É essa ainda a mentalidade da nossa TAP Air Portugal, sem mudanças, com triste idéia que têm que ter em África um caucasiano para corromper esses "pretinhos" e abrur o mercado. Hilariante!!! Para não dizer ridículo que roça o obsoleto ou o estúpido. Será que o governo ou Bruxelas não conhece essa vergonga de gestão? Será que os próprios governos desses países africanos não se deram conta que tudo nao passa de um insulto à capacidades técnica e profissional dos locais(e São esses que resolvem tudo da empresa e o Represenrante só assina)?

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