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Eurogrupo discute novos impostos que financiem recuperação pós-Covid-19

11 set, 2020 - 20:39 • Lusa

Ministro das Finanças português revelou que reunião do Eurogrupo olhou para a recuperação económica que é ainda "muito incompleta, incerta".

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O ministro das Finanças disse esta sexta-feira, em Berlim, que o Eurogrupo discutiu a eventual introdução de novos impostos sobre multinacionais tecnológicas e sobre a importação de produtos poluentes que ajudem a financiar os programas de recuperação económica.

“Discutimos a introdução de uma fiscalidade mais justa e ambientalmente mais favorável, foi discutida a possibilidade de impostos digitais sobre grandes multinacionais tecnológicas, de novos impostos sobre a importação de produtos poluentes”, disse João Leão, em declarações aos jornalistas em Berlim (Alemanha) transmitidas pela RTP3, no final da reunião informal dos ministros das Finanças e da Economia (Eurogrupo) da zona euro.

Os novos impostos permitiriam “financiar os recursos comuns da União Europeia para financiar todos os novos programas baseados em fundos europeus”, explicou.

Segundo o ministro das Finanças português, a recuperação económica é ainda "muito incompleta, incerta", pelo que o foco da reunião de desta sexta-feira foi como recuperar a economia europeia e a de cada Estado-membro e de como, para isso, será importante o Fundo de Recuperação Europeu no financiamento dos programas nacionais de reformas e quais devem ser as suas prioridades.

João Leão defendeu que o fundo deve ajudar à recuperação rápida da economia e do emprego, mas “também deve financiar a transição digital e ambiental, mais e melhores empregos”, para que haja uma melhoria económica de forma estrutural.

Para já, disse, é importante que os fundos cheguem rapidamente à economia portuguesa, pelo que o Governo tem em “fase avançada” a preparação dos planos de recuperação económica.

Na reunião em Berlim foi também discutida a união bancária, nomeadamente o tema sensível de um mecanismo europeu de garantia de depósitos, para que de futuro os países não estejam tão vulneráveis a crises financeiras, disse o ministro das Finanças.

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