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Coronavírus

Presidente da República apela à autocontenção dos portugueses

10 set, 2020 - 23:17 • Lusa

Marcelo reconhece que aos mais jovens, depois do confinamento absoluto, apetece o desconfinamento absoluto.

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O Presidente da República fez esta quinta-feira um apelo à autocontenção dos portugueses e à compreensão das medidas adotadas pelo Governo face à pandemia de Covid-19, para que se proteja simultaneamente a saúde e a economia.

"Não se trata de confinamento, trata-se de relativa contenção", ressalvou Marcelo Rebelo de Sousa, que deixou esta mensagem na cerimónia de inauguração da nova sede da empresa Auchan Retail Portugal, em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras.

Num discurso de quinze minutos, o chefe de Estado referiu que os especialistas aconselham "uma redução em termos de risco de convívio social" e apelou à "autocontenção, limitada que seja", dos portugueses em geral, de todas as idades, argumentando que "esse pequeno esforço de cada qual tem um valor imenso em termos comunitários".

Marcelo Rebelo de Sousa observou que, sobretudo aos mais jovens, "depois do confinamento absoluto, apetece o desconfinamento absoluto, é natural, pela idade", mas acrescentou que "não custa muito fazer um esforço".

O chefe de Estado alertou que "de nada serve disciplinar sanitariamente o funcionamento de escolas ou de estabelecimentos ou de instituições se não houver o mínimo cuidado no relacionamento social", desde logo, "à saída das portas das escolas e dos estabelecimentos".

Em declarações aos jornalistas no final desta cerimónia, a propósito das novas medidas anunciadas esta quinta-feira pelo Governo para o controlo da Covid-19, que se enquadram na situação de contingência em que todo o território continental entrará a partir de terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar "a sua compreensão e aplicação pelos portugueses".

Segundo o Presidente da República, Portugal enfrenta "ao mesmo tempo" dois desafios, um "da vida e da saúde" e outro "da economia e da sociedade", sem poder descurar nenhum.

"Se falhar a frente da vida e da saúde, falha a frente da economia e da sociedade. Mas se falhar a frente da economia e da sociedade, não há como fazer vingar a frente da vida e da saúde", sustentou.

O Presidente da República pediu aos portugueses "que saibam encontrar o equilíbrio" entre estas duas frentes.

"Têm de acreditar na economia, têm de continuar a acreditar na vida social, na vida comunitária, não podem nunca perder a esperança e a confiança, qualquer que seja o número de casos de contaminados desse dia, dessa semana ou desse mês. Têm de continuar a trabalhar, têm de continuar a investir, têm de continuar a acreditar", defendeu.

A pandemia de Covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios.

Em Portugal, já morreram com esta doença 1.852 pessoas, num total 62.126 casos de infeção contabilizados até agora, de acordo com o boletim desta quinta-feira da Direção-Geral da Saúde.

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