Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

PS questiona intervenção da CPCJ no caso dos jovens que faltaram às aulas de Cidadania e Desenvolvimento

09 set, 2020 - 17:45 • Lusa

Grupo de deputados socialistas acusa pai dos dois rapazes de "exibir os filhos nos órgãos de comunicação social, de forma gratuita e desadequada, apenas com o propósito de assinalar e afirmar a sua discordância com uma disciplina do currículo nacional de ensino".

A+ / A-

Um grupo de deputados socialistas quer esclarecimentos sobre a atuação da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) no caso do pai que impediu os seus filhos de frequentarem a disciplina de Educação para a Cidadania.

A pergunta, dirigida à ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, deu entrada na terça-feira na Assembleia da República e é assinada por 20 deputados da bancada do PS, tendo como primeiro subscritor João Paulo Pedrosa.

Estes deputados querem saber se o "incumprimento reiterado por parte do progenitor em levar os filhos à frequência das aulas da disciplina de Educação para a Cidadania e Desenvolvimento (ECD) deu lugar ao arquivamento do processo e envio ao Ministério Público".

"Como se deu, neste processo, a articulação entre a CPCJ de Famalicão e o procurador do Ministério Público interlocutor com a CPCJ" e "à luz da lei de proteção de crianças e jovens, o que pensa a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens sobre o superior interesse desses dois alunos?", questionam os deputados do PS.

O grupo de deputados socialistas refere que, "nos últimos dias, os órgãos de comunicação social apresentaram ao país o exemplo do cidadão Artur Mesquita Guimarães que, durante dois anos, impediu os filhos (Tiago de 12 anos e Rafael de 15 anos) de frequentarem a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, no agrupamento de escolas Camilo Castelo Branco, no concelho de Famalicão, fazendo com que reprovassem por faltas, não obstante serem alunos de quadro de honra".

"O progenitor exibiu os filhos nos órgãos de comunicação social, de forma gratuita e desadequada, apenas com o propósito de assinalar e afirmar a sua discordância com uma disciplina do currículo nacional de ensino", sustentam estes deputados do PS.

Na perspetiva dos deputados do PS, "a exposição e exibição pública nas televisões e nos restantes órgãos de comunicação social, a impossibilidade dos jovens frequentarem na escola as disciplinas e as matérias que o progenitor assim definiu e entendeu e, ainda, a consequente reprovação por faltas dos mesmos pode constituir uma ação suscetível de por em causa a promoção dos direitos e a proteção destes jovens, podendo mesmo estar em causa o seu bem-estar e desenvolvimento integral".

Os deputados do PS querem ainda que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esclareça se o agrupamento de escolas Camilo Castelo Branco comunicou à CPCJ de Famalicão o absentismo dos jovens.

"E se, em consequência, tem conhecimento de ter sido aberto algum processo de promoção e proteção na respetiva CPCJ e como se processou a subsequente articulação entre a escola e a comissão".

Em relação à ministra Ana Mendes Godinho, estes membros da bancada socialista perguntam se "a CPCJ de Famalicão abriu algum processo de promoção e proteção".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    12 set, 2020 19:38
    Ilustríssimos deputados: os pais são os primeiros e principais educadores dos seus filhos. Escreveu o Prof. Paulo Geraldo no Público (10-09-2020): «Como não se atrevem a ensinar às claras ideologia de género, incluem essa ideologia numa disciplina de cidadania (coitada da Cidadania!), misturada com sinais de trânsito, reciclagem e outras coisas que todos achamos bem, debaixo da capa de "igualdade de género". Depois vêm dizer que cidadania não é opcional (como se estivessem a referir-se a que um cidadão tem obrigatoriamente de aprender a usar os sinais de trânsito e a reciclar). Isto é claramente desonestidade intelectual, e é inaceitável».
  • João Lopes
    09 set, 2020 20:30
    Há gente interessada em corromper as mentes da juventude, desde pequenos, e às "escondidas" dos pais que são os primeiros e principais educadores. É um crime horroroso!
  • João Lopes
    09 set, 2020 20:23
    À socapa, os marxistas: socialistas, comunistas (pcp, bloco de esquerda, ps, lgbt), querem substituir-se aos pais que são os primeiros e principais educadores dos seus filhos. Pretendem impor aos alunos desde pequenos, sem contar com a autorização dos pais a cartilha marxista, a despenalização do aborto, a liberalização das drogas leves, as salas de chuto, o “casamento” homossexual, as mudanças de sexo, a eutanásia, a ideologia lgbt, etc. E como marxistas que são, não olham a meios para atingir os fins, mesmo que estes sejam perversos, indignos e atentórios da liberdade!
  • 09 set, 2020 19:02
    Deputados socialistas? Vai la vai!

Destaques V+