09 set, 2020 - 12:45 • João Paulo Ribeiro
O antigo internacional português Jorge Andrade acredita que é questão de tempo até Cristiano Ronaldo chegar aos 110 golos pela seleção nacional e bater o recorde de Ali Daei, que apontou 109 pelo Irão.
Ronaldo marcou dois golos frente à Suécia, na terça-feira, e chegou aos 101 ao serviço de Portugal. O primeiro de todos foi marcado numa derrota (2-1) perante a Grécia, no jogo de abertura do Euro 2004. Jorge Andrade, que estava em campo, partilhou vários anos de seleção com o capitão e, em entrevista a Bola Branca, mostra-se convicto de que o recorde de Ali Daei cairá em breve.
"Ele vai atacar esse recorde de forma tranquila, sem obsessão. O Cristiano Ronaldo já dobrou os números de Eusébio e Pauleta na seleção. E como Portugal está envolvido em várias competições, ele terá oportunidade de bater esse recorde. Nós todos estamos a torcer para que tal aconteça", salienta.
Seleção Nacional
Nani, Deco ou Nuno Gomes são alguns dos jogadores (...)
Jorge Andrade fazia dupla com Fernando Couto no eixo da defesa quando Cristiano Ronaldo se estreou a marcar pela seleção nacional. O antigo central ainda se lembra de ver um jovem de 19 anos ser lançado por Luiz Felipe Scolari no início da segunda parte e reduzir, de cabeça, para 2-1, ao minuto 90, em resposta a um cruzamento de Luís Figo:
"Lembro-me perfeitamente do golo do Cristiano Ronaldo no jogo com a Grécia, em 2004. Marcou na sequência de um canto. Foi o seu primeiro golo e o ambiente era muito bom, estávamos maravilhados pela forma como ele entrava nos jogos e com a confiança que demonstrava."
Jorge Andrade, antigo companheiro de Cristiano Ronaldo na seleção nacional, sublinha a capacidade do goleador para se adaptar ao que lhe é pedido por diferentes treinadores. O capitão da seleção é, hoje por hoje, um porta-estandarte de Portugal e um fator de coesão entre os portugueses, considera o antigo defesa.
"Os números de Ronaldo devem servir para colocar todos os portugueses de acordo. Ele tem uma capacidade para se adaptar ao jogo que é fora do normal. É o melhor, evoluiu muito e já não é o mesmo jogador nem tem as mesmas características que apresentava em 2004, quando fez o seu primeiro golo na seleção. Nós, os portugueses, temos de o apoiar. Ele é um fenómeno em todos os sentidos e transporta a bandeira de Portugal por todo o mundo", conclui, em entrevista a Bola Branca.