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Coronavírus

PS defende que há condições de segurança nos lares e para abertura do ano letivo

07 set, 2020 - 21:23 • Lusa

Reunião teve lugar na Faculdade de Medicina do Porto, contou com altas figuras do Estado e durou quase cinco horas.

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O secretário-geral adjunto do PS defendeu esta segunda-feira que a generalidade dos lares dispõe de condições de segurança para proteger os idosos da Covid-19 e que as famílias podem ter confiança na abertura do ano letivo.

Estas posições foram transmitidas por José Luís Carneiro no final da reunião entre políticos e especialistas na Faculdade de Medicina do Porto, que contou com as presenças do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, bem como de representantes de partidos parlamentares.

Falando aos jornalistas no final desta reunião, que durou quase cinco horas, José Luís Carneiro começou por advertir que "todos os cuidados" em termos de prevenção da Covid-19 "devem prosseguir, porque houve um aumento do número de contágios a partir de 15 de agosto".

"Mas quero deixar uma nota de confiança relativamente à abertura do ano escolar, que está preparada ao mais ínfimo detalhe, em articulação do Ministério da Saúde com o Ministério da Educação, estando disponíveis orientações claras. É possível todos os portugueses, todas as famílias e escolas poderem alicerçar as suas decisões com base nesse quadro de orientações", sustentou.

De acordo com o dirigente socialista, contudo, em termos de abertura do ano escolar, "nada dispensa uma atuação multinível, ou seja, níveis diversos de responsabilidade, a começar na comunidade educativa, nas autarquias, nas comissões municipais de proteção civil e delegados de saúde pública para que seja possível acompanhar com rigor eventuais focos de contágio, de forma a isolá-los e tratá-los".

"Tudo está previsto para que as escolas abram as suas portas nos termos em que os ministérios da Educação e da Saúde já transmitiram aos portugueses. Está disponível o quadro de orientações, mas que agora deve ter uma aplicação diversa em função dos contextos escolares e comunitários, em articulação com vários patamares de poder local, regional e nacional. Tudo está pronto para que o ano letivo arranque em condições de seguranças, mas, como é evidente, a responsabilidade é de todos, a começar nas famílias e a continuar nas escolas", reforçou já no final das suas declarações.

Em relação à situação dos lares em Portugal, José Luís Carneiro citou na sua resposta intervenções de vários especialistas e adiantou que está em vias de divulgação "um estudo científico que demonstra algumas tendências", sendo uma delas a de que "há segurança nas instituições que acolhem os mais idosos".

"Há segurança pelo menos ao mesmo nível da que ocorre em todas as outras instituições da nossa vida coletiva. A confirmarem-se as conclusões, tudo indica que os nossos cidadãos mais idosos estejam ainda mais protegidos em lar e em estruturas residenciais para idosos do que em muitas outras instituições da nossa sociedade", referiu o secretário-geral adjunto do PS.

Neste ponto, José Luís Carneiro disse mesmo ser necessária "uma mensagem de confiança para as famílias que têm seus entes queridos em estruturas residências para idosos".

Confrontado com a preocupação relativamente à situação nos lares que terá sido transmitida por Ferro Rodrigues nesta reunião, o secretário-geral adjunto do PS defendeu que Portugal "está entre os países que maior número de testes realiza no quadro europeu".

"Apesar de o indicador de contágio ter aumentado, verificamos mesmo assim que, com o desconfinamento geral, estamos com 1.17, o que significa que a situação está sob controlo. Quanto aos lares, cito o professor Henrique de Barros, de que os indicadores mostram que há razões para que as famílias continuem a confiar nessas autênticas mãos amigas que cuidam dos nossos cidadãos seniores", insistiu.

Perante os jornalistas, o "número dois" da direção do PS salientou depois que o país vai entra nas estações de outono e inverno, "quando se manifestam muitos dos surtos infeciosos, designadamente entre a população com mobilidade mais elevada".

"Como comunidade nacional, temos de contribuir para que o controlo ocorra sem colocar em causa conquistas que o país foi capaz de alcançar ao longo dos últimos seis meses", advertiu.

O secretário-geral adjunto do PS deixou ainda um elogio à atuação do Governo no que respeita à reserva de lotes de futuras vacinas contra a Covid-19, "em articulação com os restantes Estados-membros da União Europeia".

"Foi aqui referido que há três vacinas que estão a ser testadas em grande escala. O Governo conseguiu reservar já 6,9 milhões de vacinas nesta primeira fase", acrescentou.

Portugal contabiliza pelo menos 1.843 mortos associados à Covid-19 em 60.507 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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