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Jacob Blake. “Dói-me ao respirar, dói-me ao dormir, dói-me ao comer”

07 set, 2020 - 12:55 • Redação com agências

O afro-americano está hospitalizado desde 23 de agosto com múltiplos ferimentos. Foi a primeira vez que falou desde que foi baleado sete vezes nas costas.

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Jacob Blake, o afro-americano de 29 anos baleado pelas costas por um polícia, confessou que não sente “nada mais que dor”. O depoimento foi dado através de um vídeo publicado na conta do twitter do seu advogado.

“ As dores sentem-se 24 horas sobre 24 horas. Não há nada para além da dor”, conta a vítima. “Dói-me ao respirar, dói-me ao dormir, dói-me ao comer”, enumera. Apesar de um dos advogados da família ter dito que “vai ser preciso um milagre para ele voltar a andar", a vítima acredita que, ainda, “há mais por viver”.

Blake tem múltiplos ferimentos no corpo. “Tenho agrafos nas costas. Tenho agrafos até no estômago”.

Na conta do advogado, Ben Crump, pode-se assistir ao testemunho completo que pode ficar paralisado da cintura para baixo. “#JacbobBlake lançou este vídeo forte na cama do hospital, lembrando toda a gente o quão preciosa a vida é”, lê-se.

“Há muito para viver por aí. E não só a tua vida, meu. Podes perder as tuas pernas em questões de segundos. É algo que precisas para andar e, de repente, podem te as tirar”, avisa Jacob Blake. “Há mais vidas por aí. Temos de nos manter juntos, ganhar dinheiro e tornar tudo mais fácil para os nossos. Já gastamos demasiado tempo”, lembra a vitima.

Blake está hospitalizado desde 23 de agosto e encontra-se paralisado da cintura para baixo. Rusten Sheskey é o polícia que baleou o jovem.

Um vídeo gravado por testemunhas, mostra a vítima - aparentemente desarmada - a dirigir-se para o interior de uma carrinha, ignorando o pedido repetido dos agentes para que parasse, quando um polícia branco o puxa pela camisola de alças e dispara sete tiros seguidos.

O advogado da família revelou que os três filhos de Blake (com três, cinco e oito anos) se encontravam dentro do carro, no momento dos disparos.

Os agentes policiais envolvidos no incidente foram colocados em licença administrativa, enquanto decorrem as investigações.

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