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Ministro britânico admite quarentena de novo para Portugal

03 set, 2020 - 11:25 • Lusa

A decisão pode ser conhecida na sexta-feira. A lista de "corredores de viagem" tem atualmente menos de 70 países e territórios.

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O ministro da Saúde britânico admitiu a possibilidade de Portugal ser de novo incluído na lista de países cujos passageiros são obrigados a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido.

"Estamos preparados para tomar decisões de colocar países individuais de volta na lista da quarentena se for necessário, e mantemos isso em avaliação constante. As pessoas só devem viajar se estiverem preparadas para fazer quarentena se o vírus aumentar quando estiverem nesse país", afirmou Matt Hancock à estação Sky News.

O aumento do número de casos de infeção em Portugal na última semana terá ultrapassado os 20 casos por 100.000 habitantes, de acordo com a imprensa britânica, um dos critérios usados por Londres para impor restrições sobre as viagens internacionais.

A própria ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, reconheceu na quarta-feira que os casos estão a aumentar em Portugal e que existe um maior risco de transmissão da doença. "Os números da nossa situação epidémica estão a subir. Estão a subir desde há uma semana e situam-se agora em cerca de 340 novos casos diários. Esta é uma realidade", afirmou na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia em Portugal.

Portugal só foi incluído na lista dos países seguros e, portanto, com "corredores de viagem" com o Reino Unido há duas semanas, a 20 de agosto, apesar da pressão do Governo português e do setor do turismo.

Hancock disse que a decisão seria tomada esta sexta-feira.

A 27 de agosto, o Governo britânico incluiu a Suíça, República Checa e Jamaica na lista de países sujeitos a quarentena de 14 dias e Cuba passou para a lista dos países isentos.

A lista de "corredores de viagem" tem atualmente menos de 70 países e territórios, tendo sido excluídos desde julho Croácia, Áustria e a ilha de Trinidade e Tobago, França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo. Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Grenadinas, Brunei e Malásia foram adicionados nas semanas anteriores.

De acordo com a imprensa britânica, além de Portugal, também a Grécia está em risco de ser adicionada à lista de países com necessidade de cumprir quarentena no resto do Reino Unido, seguindo a decisão tomada pela Escócia esta semana e em vigor desde hoje.

Comentários
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  • José Joaquim Costa C
    04 set, 2020 Ílhavo 08:26
    Não sendo o único critério, o que interessa em primeiro lugar para evitar os contágios é o número de novos infectados relativamente ao número de habitantes, que já é maior no nosso caso que no britânico (e eles também testam) - isso é que dá uma medida da probabilidade latente de importação, transmissão e expansão do vírus. Sobre a letalidade, quantos morrem depende de muita outra coisa (os ambientes e as populações são diferentes, e também foram as bacoradas iniciais do Boris e Cª, que deixaram o vírus completamente à solta, lembram-se?**), para além do Serviço Nacional de Saúde de lá já não ser o que era, e eu conheci. Para defender uma dada população, é melhor começar por evitar a importação de relativamente mais vírus dos que já estão em circulação e, claro, ao mesmo tempo, rastrear e tratar localmente os infectados, para além das outras medidas locais de prevenção. **Aqui, confinámos - e bem - logo de início, mas depois, como achámos e achamos sempre que somos "os melhores do mundo" (foi o tal "milagre português", chamado "Portugal", ainda se lembram?), borrámos e continuamos a borrar a pintura com o auto-elogio, as "festas" e as "corridas COVID", as praias (e não poucas piscinas) cheias, as reuniões familiares, a vista grossa ou complacência para com infractores, entre muitas outras coisas, e a pressa excessiva em abrir (solenemente!!!) as fronteiras, especialmente com Espanha e os nossos emigrantes, daí talvez resultando a nossa "montanha russa" dos novos infectados.
  • Anónimo
    03 set, 2020 18:31
    Ó Zé Cruz Pinto, não me digas que defendes o governo britânico das 46000 mortes... Que até desceram para 41000 por magia para não ficarem tão mal vistos (como se fizesse grande diferença). Eu cá dos bifes quero é distância.
  • José J C Cruz Pinto
    03 set, 2020 Ílhavo 12:33
    E qual é o espanto? Querem o quê de diferente, com os dados que existem?

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