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Convergência pela Cultura. Ministra diz que todas as reivindicações já "têm resposta"

02 set, 2020 - 18:36 • Lusa

Medidas pedidas pela plataforma cívica "ou estão em curso ou já foram implementadas", diz Graça Fonseca. “Esta é a minha resposta, que terei oportunidade de lhes dizer frente a frente, numa reunião que será agendada para breve.”

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A ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou esta quarta-feira, em Viana do Castelo, que todas as reivindicações da plataforma cívica Convergência pela Cultura já “têm uma resposta” por parte do Governo.

Falando à margem da inauguração da empreitada de conservação da fachada da Igreja de S. Domingos, Graça Fonseca manifestou ainda a sua disponibilidade para um “diálogo sério”, com todos os agentes culturais.

“Todas as reivindicações da plataforma [Convergência pela Cultura] têm uma resposta, com medidas que ou estão em curso ou que já foram implementadas. Esta é a minha resposta, que terei oportunidade, certamente, de lhes dizer frente a frente, numa reunião que será agendada para breve”, referiu.

Cerca de uma centena de agentes culturais concentraram-se na terça-feira junto ao Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, para “um ‘drink’ de copo vazio”, em alusão à ausência de respostas do Governo.

Organizada pela plataforma cívica Convergência pela Cultura, a iniciativa contou com a presença de várias personalidades das artes, entre as quais o ator Ruy de Carvalho, que promoveu “um brinde à ignorância da ministra”.

“Tudo o que nos rodeia é cultura, portanto temos de ter uma ministra à altura da cultura que nós merecemos, assim não, assim digo ‘ah senhora ministra, que tristeza, acorde para a vida, não esteja morta, viva’”, afirmou Ruy de Carvalho, de 93 anos, lembrando os 78 anos de carreira como ator e em que diz que nunca teve um ministro da Cultura “tão mau”.

Hoje, na reação às palavras de Ruy de Carvalho, a ministra disse que já leva 21 anos de funções públicas, aprendeu “muito bem a viver com a crítica”, sublinhando que cada um tem o direito de expressar a sua opinião da forma que entender.

“Preferirei sempre viver num país onde qualquer um de nós pode dizer o que quer dizer do que num país onde não é possível dizer o que queremos dizer”, acrescentou.

De resto, disse que o Governo tem trabalhado, nos últimos meses, em “respostas sérias para problemas sérios”.

“Isto exige de todos seriedade e responsabilidade”, vincou.

Lembrou que as linhas de apoio a entidades artísticas e de adaptação dos espaços às medidas de prevenção de contágio da covid-19 estão abertas até sexta-feira, assim como a linha de apoio social, adicional aos apoios concedidos pela Segurança Social a trabalhadores independentes da área da Cultura, destinada a artistas, autores, técnicos e outros profissionais.

Graça Fonseca deixou o apelo aos portugueses para que vão ao teatro e ao cinema e visitem museus, monumentos e outros espaços culturais, sublinhando ser necessária uma “parceria nacional” para que, daqui a um ano, o setor cultural volte a ser sustentável.

'À boleia' da inauguração das obras de restauro da fachada da Igreja de S. Domingos, um investimento de 150 mil euros, Graça Fonseca referiu que a reabilitação do património será uma “área central” em termos de investimento nos próximos 10 anos.

Disse que a reabilitação do património conhecerá um investimento “como nunca foi feito” nas últimas décadas.

Nesta visita a Viana do Castelo, a ministra visitou ainda a recuperada Citânia de Santa Luzia, que sofreu um investimento total de cerca de 100 mil euros.

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