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Governo e parceiros sociais discutem o futuro do trabalho em tempo de pandemia

02 set, 2020 - 07:34 • Fátima Casanova

Comissão Permanente de Concertação Social reúne-se altura em que a retoma económica está a ser difícil e o desemprego está a aumentar.

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Teletrabalho, aumentos salariais, proteção do emprego e lay-off são temas em cima da mesa para esta reunião convocada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

Sindicatos e patronato vão para esta reunião essencialmente para ouvir as propostas do Governo.

A poucas horas do seu início, o secretário-geral da UGT disse à Renascença que vai “com baixa expectativa para esta reunião, em função da realidade do país, da situação apresentada pelo primeiro-ministro, nos últimos dias, e das dificuldades que estão colocadas ao movimento sindical.”

Carlos Silva assegura que “para a UGT não basta proteger os rendimentos”, como defende o Executivo, “é preciso aumentá-los em função da realidade da situação, que é negativa para o país.”

O líder sindical garante que não abdica do aumento do salário mínimo nacional para 670 euros. É uma proposta que “não deixará cair”. O aumento “nunca ficará abaixo, por proposta da UGT, de 35 euros, tal como foi aprovado no ano anterior”.

Retoma da economia está lenta

Já o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal não quer ouvir falar de aumentos salariais. João Vieira Lopes diz ser “muito difícil fazer qualquer previsão”, acrescentando que “a situação é muito irregular”. Alguns sectores não terão problemas, “mas há outros fortemente atingidos pela crise, onde os aumentos salariais podem ter impactos bastante difíceis”.

O presidente da CCP lembra que “a retoma da economia está lenta, o que é natural porque mais de dois milhões de pessoas foram atingidas pelo lay-off e o desemprego também está a aumentar”.

Vieira Lopes lembra que há empresas que mantiveram o quadro de pessoal, enquanto durou o lay-off simplificado, mas que “nesta altura terão de avaliar” se não terão de avançar para despedimentos.

A reunião da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) vai realizar-se no Palácio da Ajuda, em Lisboa, com a presença de apenas dois elementos de cada uma das confederações sindicais e patronais, por motivo de segurança sanitária.

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