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Banksy financia navio para resgate de migrantes no Mediterrâneo

28 ago, 2020 - 09:10 • Lusa

O barco, pintado em rosa e branco, conta com um graffiti de Banksy que retrata uma jovem com um colete salva-vidas segurando uma bóia em forma de coração.

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O artista de rua britânico Banksy financiou um navio para resgatar migrantes no Mediterrâneo. Na quinta-feira, a embarcação resgatou 89 pessoas das águas.

Batizado em homenagem a "Louise Michel", uma anarquista francesa do século XIX, o navio, decorado com graffiti do artista britânico, partiu no dia 18 de agosto do porto espanhol de Borriana, perto de Valência, segundo o jornal “The Guardian”.

O navio agiu de forma sigilosa e recuperou na quinta-feira 89 pessoas, incluindo 14 mulheres e duas crianças, no Mediterrâneo Central, segundo este jornal, que não especifica a posição exata do barco.

O jornal refere também que o navio está à procura de um porto seguro para desembarcar passageiros ou transferi-los para um navio das guardas costeiras europeias.

O diário publicou várias fotos do barco, pintadas em rosa e branco, com graffiti de Banksy, retratando uma jovem com um colete salva-vidas segurando uma boia em forma de coração.

A tripulação é composta por 10 elementos, “ativistas europeus com longa experiência em investigação e salvamento no mar”.

A capitã do navio é Pia Klemp, uma ativista de direitos humanos alemã conhecida por ter conduzido vários outros navios de resgate, incluindo o Sea-Watch 3.

O jornal diz que o artista não está a bordo, acrescentando que toda a operação foi montada entre Londres, Berlim e Borriana.

Banksy contactou Pia Klemp em setembro de 2019. A ativista acredita que o artista a contactou pelo seu compromisso político: "Não vejo o resgate no mar como uma ação humanitária, mas como parte de uma luta antifascista", disse ao “The Guardian”.

Muitos barcos pequenos com migrantes, principalmente tunisinos, atracaram durante todo o verão na ilha italiana de Lampedusa, no sul da Sicília.

O Sea-Watch 4, navio das Organização Não Governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras e Sea-Watch, está presente na área desde meados de agosto. Já realizou diversos resgates, recuperando mais de 200 pessoas.

Comentários
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  • Jorge
    29 ago, 2020 Lx 13:52
    Concordo perfeitamente em ajudar as pesoas mas esta não é concerteza a melhor maneira. Este barcos de ONGs acabam por intensificar exponencialmente o numero de pessoas que se arriscam no mediterraneo; tudo porque os que tentam a travessia mais os traficantes sabem que haverá um barco algures no horizonte. Não faz sentido nem sequer é correcto, as ONGs não planificarem o que fazer aos que tentam a travessia antes de iniciarem qualquer projecto.
  • Ivo Pestana
    28 ago, 2020 Funchal 18:19
    Acho bem agora Banksy que arranje um país para os receber com humanidade. Boa sorte.

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