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Advogada turca morre após 238 dias em greve de fome. Ebru Timtik queria um julgamento justo

28 ago, 2020 - 16:32 • Redação com Reuters

A advogada tinha sido condenada, num julgamento polémico, a mais de 13 anos de prisão, por alegado envolvimento com o com o grupo armado ultra-marxista.

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Uma advogada morreu na Turquia após uma greve de fome de 238 dias. Ebru Timtik estava em protesto depois de ter sido condenada por alegadamente fazer parte de uma organização terrorista.

Ebru Timtik faleceu num hospital da cidade de Istambul, na quinta-feira, avança a firma de advogados para a qual trabalhava, a People's Law Office.

A advogada tinha sido condenada a mais de 13 anos de prisão, por alegado envolvimento com o com o grupo armado ultra-marxista Partido Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C), exigia um julgamento justo.

Na altura do polémico julgamento, em março de 2019, a defesa contestou a sentença, a falta de acesso às provas e o facto de um tribunal aceitar testemunhas anónimas.

Ebru Timtik e outro advogado condenado no mesmo processo iniciaram uma greve de fome em abril, exigindo uma verdadeira justiça na Turquia.

Num comunicado divulgado por várias organizações relacionadas com os direitos humanos e a advocacia, a 11 de agosto, os dois advogados estavam decididos a prosseguir a greve de fome até às últimas consequências.

Um primeiro recurso da sentença foi rejeitado em outubro do ano passado e outra ação encontra-se pendente no Supremo Tribunal da Turquia.

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