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​Governo acredita que providência cautelar não vai travar Festa do Avante

26 ago, 2020 - 16:06 • Redação

Já a diretora-geral da Saúde adianta que a organização da Festa do Avante tem um primeiro documento, “que vai sendo refinado”, e que o grande objetivo é evitar aglomerados nas vias de circulação, entradas e saídas do evento.

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A providência cautelar para travar a Festa do Avante não deverá ser bem-sucedida nos tribunais, afirma a ministra da Saúde, Marta Temido.

Questionada pelos jornalistas na conferência de imprensa de balanço da pandemia de Covid-19, Marta Temido acredita que a ação judicial “não terá qualquer efeito suspensivo”.

"Relativamente à providência cautelar contra a Festa do Avante, o ministério apenas tem o conhecimento dessa ação através da comunicação social, portanto não nos é possível pronunciar sobre ela", disse a ministra.

"Acredito que não terá qualquer efeito suspensivo, mas obviamente que o ministério acata as decisões judiciais", sublinhou Marta Temido.

Na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que a organização da Festa do Avante tem um primeiro documento, “que vai sendo refinado”, e que o grande objetivo é evitar aglomerados nas vias de circulação, entradas e saídas do evento.

“Temos orientações genéricas para os espetáculos, para a restauração, para todos os setores e essas orientações serão utilizadas para o evento Festa do Avante”, sublinhou Graça Freitas.


A diretora-geral da Saúde admite que festa de rentrée do Partido Comunista, que decorre de 4 a 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal, “tem uma característica especial, porque a sua tipologia é diferente dos outros eventos”.

A Festa do Avante, refere, junta num único evento vários setores diferentes, como a restauração, exposições, espetáculos musicais e comícios.

“E é por isso que este evento é complexo, porque além de ter vários segmentos de atividade que são diferentes, com regras diferentes, tem circuitos por onde as pessoas têm obrigatoriamente de circular para ter acesso a estes pontos e o nosso grande objetivo é que em cada tipologia de eventos se apliquem as regras próprias e depois nas entradas e saídas se evitem aglomerados de pessoas”, sustenta Graça Freitas.

A Direção-Geral da Saúde conta com a organização para garantir que a circulação dentro do recinto decorre da melhor maneira.

“A organização do evento vai ter de ser muito pró-ativa – e já disse que o seria – a orientar as pessoas no sentido de que elas não se aglomerem em determinados pontos, nomeadamente nas vias de circulação entre diferentes setores da festa”, afirma.

Graça Freitas diz que o parecer sobre a Festa do Avante vai ser tornado público, “se todas as partes estiverem de acordo”, mas não há metodologia nova, frisou.

Portugal registou mais duas mortes e 362 casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico revelado esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). É o maior número de novas infeções desde 15 de julho.

O número de óbitos aumenta para 1.807 e o de infeções para 56.274 desde a chegada da pandemia ao país, no início de março.

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Comentários
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  • João Lopes
    27 ago, 2020 14:43
    A festa do avante, é uma espécie de festa "religiosa" para os camaradas marxistas... e um modo de ganhar adeptos, e alguns euros...que dão sempre jeito! para a propaganda política!
  • António Candeias
    27 ago, 2020 Leiria 10:10
    Senhora ministra já bem sucedida é o dispersamento dos cidadãos comuns quando fazem ajuntamentos como o da Costa da Caparica,Leiria e mais recentemente o que a GNR usou balas de borracha, aos partidos é permitido fazerem festas com mais de 30 mil pessoas e fazerem festas na reentré política como é o caso do PCP e do Chega já ao cidadão comum é permitido a sua dispersão, Portugal 2 em um o dos políticos e o dos cidadãos comuns.

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