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SICMAN

Sindicato diz que Siemens vai despedir 42 trabalhadores do aeroporto de Lisboa

25 ago, 2020 - 20:26 • Lusa

A SICMAN, uma empresa do grupo Siemens, assegura toda a operação no sistema de tratamento de bagagens. Empresa alega, para justificar os despedimentos, uma redução de operação na sequência da pandemia da Covid-19.

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A SICMAN, empresa da Siemens, anunciou um despedimento coletivo de 42 trabalhadores do aeroporto de Lisboa, alegando redução de operação na sequência da pandemia da covid-19, segundo o Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI).

De acordo com um comunicado do SIESI divulgado esta terça-feira, a sua Comissão Sindical na empresa foi formalmente informada na sexta-feira da intenção da SICMAN, ACE proceder a um despedimento coletivo de 42 dos 120 trabalhadores que laboram no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde asseguram toda a operação no sistema de tratamento de bagagens.

Fonte sindical explicou à agência Lusa que estes trabalhadores são responsáveis pela operação, manutenção e reparação dos tapetes rolantes das cargas e descargas das bagagens.

Diogo Correia, dirigente do SIESI, disse que os trabalhadores foram completamente surpreendidos pelo anuncio do despedimento, porque a empresa não recorreu ao ‘lay off’ ou outra medida quando o aeroporto esteve praticamente parado.

“E agora pretende justificar, numa altura em que os voos retomaram valores de crescimento assinaláveis e a TAP anuncia acréscimos de 300% em reservas, o despedimento de quase 50% da sua força de trabalho”, afirmou o sindicalista, acrescentado que os trabalhadores estão dispostos a lutar pelos seus postos de trabalho.

Para o SIESI, este processo de despedimento coletivo “é nulo porque tem muita informação incorreta e não respeitou os prazos legais” e irá transmitir isso à empresa na reunião que está marcada para segunda-feira.

A SICMAN presta serviço na mesma área em todos os aeroportos nacionais, onde emprega 210 trabalhadores.

Segundo o SIESI, a empresa foi criada em 2003 “exclusivamente para ser utilizada como uma fuga à contratação de trabalhadores efetivos para os quadros da ANA e depois da, então, Siemens, SA e posteriormente Siemens Logistics, Lda”.

“Esta situação, entretanto, já tem cerca de três dezenas de anos, pois foi antecedida por esquemas idênticos, com a Siemens já envolvida”, disse o sindicato num comunicado.

A Siemens tem o contrato de prestação de serviços em áreas dos aeroportos geridos pela ANA, a nível nacional, e é proprietária de 95% da SICMAN, ACE.

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  • JJ
    26 ago, 2020 Porto 10:31
    Penso que empresas multinacionais não podem aderir ao LAYOFF.

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