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Trump vs. TikTok. Empresa chinesa lança site para combater "fake news" de Washington

17 ago, 2020 - 21:27 • Redação com Lusa

Presidente norte-americano acusa o grupo chinês proprietário desta rede social de espionagem. TikTok assegura que os dados dos utilizadores nos EUA são armazenados na Virgínia, "com uma cópia de segurança em Singapura".

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A popular rede social TikTok, acusada de espionagem pelo Governo de Donald Trump, intensificou hoje a sua campanha de comunicação, com uma nova página na Internet e uma conta no Twitter, dedicadas a combater "rumores".

"Tendo em conta os rumores e a desinformação sobre o TikTok que proliferam em Washington e nos meios de comunicação social, queremos repor a verdade", disse a empresa no seu ´website`, com o lema "o último canto de sol da Internet".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem acusado nos últimos meses, embora sem apresentar qualquer prova, a popular plataforma de partilha de vídeos de utilizar os dados dos utilizadores norte-americanos para beneficiar Pequim.

Trump assinou duas ordens executivas destinadas a forçar a ByteDance, grupo chinês proprietário do TikTok, a vender rapidamente as operações americanas da rede, sob pena de a bloquear nos Estados Unidos.

"O TikTok não está disponível na China. Os dados dos utilizadores dos EUA são armazenados na Virgínia, com uma cópia de segurança em Singapura", disse a empresa. "O TikTok nunca forneceu quaisquer dados americanos ao Governo chinês e não o faria se lhe fosse pedido", acrescentam os responsáveis pela plataforma.

Num cenário de elevadas tensões comerciais e políticas com a China, o inquilino da Casa Branca tomou medidas radicais contra a rede, que é muito popular entre os mais jovens.

Em 06 de agosto, Trump proibiu o TikTok e o WeChat, rede social da chinesa Tencent, de efetuarem qualquer transação com parceiros norte-americanos durante 45 dias, por as considerar uma ameaça para a segurança, a política externa e a economia dos Estados Unidos.

Na sexta-feira, assinou uma segunda ordem executiva, forçando a ByteDance a vender as operações americanas da TikTok, a sua rede social internacional, no prazo de 90 dias.

"Há quase um ano que tentamos falar com o Governo dos EUA para encontrar uma solução", reagiu a TikTok. "Mas fomos confrontados com uma administração que não leva os factos em conta, não respeita os procedimentos legais e tenta interferir nas negociações entre empresas privadas", sublinham os responsáveis pela aplicação.

O gigante da informática norte-americano Microsoft está em negociação com o ByteDance para comprar a TikTok, pelo menos nos Estados Unidos.

O ByteDance deverá também confirmar que destruiu todos os dados "de utilizadores norte-americanos, obtidos através da TikTok e da Musical.ly", uma aplicação norte-americana adquirida pela sociedade chinesa e fundida com a TikTok.

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