12 ago, 2020 - 16:04 • Luís Aresta
Será uma "edição especial", mas não deixará de ser uma "Volta a Portugal", a prova com a duração de nove dias, que a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) vai colocar na estrada, ainda este ano, entre 27 de setembro e 5 de outubro. As dúvidas são dissipadas pelo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), numa entrevista à Renascença, na qual confirma que a Volta, no formato convencional de doze dias, organizada pela "Podium", essa sim, está definitivamente adiada para 2021.
“Pode parecer confuso, mas não é. Efetivamente haverá uma Volta em 2020, organizada pela FPC, e haverá uma outra Volta, já nos moldes tradicionais, com mais dias, no próximo verão, organizada pela 'Podium’”, esclarece Delmino Pereira.
Pelotão de 110 ciclistas, com presenças internacionais garantidas
O antigo ciclista e atual presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo tem pedalado bem para conseguir levar para a estrada a prova deste ano, com início a 27 de setembro, ainda sem local de partida e chegada anunciados.Nesta entrevista a Bola Branca, Delmino Pereira garante, porém, que já tem “equipas internacionais interessadas” em participar na "minivolta" de nove dias. “Infelizmente não vamos poder recebê-las todas; o pelotão será curto, provavelmente com um máximo de 110 atletas” diz, ainda sem possibilidade de anunciar nomes ou plantéis, mas garantindo que “apesar das circunstâncias difíceis, a organização do evento está a decorrer de forma positiva”.
Uma Volta abrangente e atrativa, sem a "festa do povo"
Apesar de reduzida a nove dias, a edição especial da Volta, neste ano de 2020, tocará o mais possível as diferentes regiões do país. “Vamos tentar percorrer o nosso território o mais possível, dentro das limitações e do número de dias que temos”, assegura Delmino Pereira.
Ainda sem o traçado fechado, o presidente da FPC atesta que “em termos desportivos e de espetáculo televisivo esta será uma Volta igual às outras”, sendo certo que “não iremos ter a festa do povo na rua, porque não haverá tanto público”, numa prova “obviamente condicionada às regras determinadas pela Diretora-Geral da Saúde e a que a Federação Portuguesa de Ciclismo está obrigada”.