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Centros comerciais de Lisboa pedem regresso ao horário normal

11 ago, 2020 - 13:31 • Sandra Afonso

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais defende que "limitação já não faz sentido e destaca números da queda de vendas.

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A redução do horário dos centros comerciais fez cair as vendas mais 15 pontos percentuais, de acordo com a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC).

A APCC aponta para quebras nas vendas na Área Metropolitana de Lisboa (AML), em julho, de 40%, em comparação com igual período do ano passado. Já no resto do país, a descida nas vendas ficou, no último mês, em 25%.

A mesma tendência repete-se no número de visitantes. Os centros comerciais da AML perderam quase metade dos visitantes (47%), enquanto no resto do país a quebra não chegou a um terço, em julho (30%).

Em causa, lembra a associação, está a diferença de horário. Desde o início de julho todos os centros retomaram o horário habitual, à excepção dos que se encontram na ÁML, onde as lojas têm de encerrar às 20h00.

Os associados da APCC dizem que esta limitação do horário já não faz sentido, é “injustificada e lesiva para a recuperação económica da actividade dos lojistas dos Centros Comerciais” e,“coloca em risco a preservação de muitos postos de trabalho”.

O presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, apela ao Governo para que acabe com todas as limitações nos horários, lembrando que a AML tem um peso significativo na economia do país, concentra 35% dos centros do país, que asseguram 50% do total do emprego gerado pelo sector a nível nacional.

O dirigente sublinha ainda que no resto do país, onde estas superfícies já trabalham no horário habitual desde o dia 1 de julho, “estão a operar sem registo de quaisquer incidentes”.

Sampaio de Mattos conclui que “não existem razões objectivas para que se mantenham estas restrições sobre espaços que têm mostrado, como poucos outros, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores das lojas, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”.

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