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Beirute. Explosão já fez perto de 160 mortos e mais de 6.000 feridos

08 ago, 2020 - 17:29 • Lusa

O ministério reviu em baixa o número de pessoas desaparecidas, indicando existirem 21, quando até agora tinha referido várias dezenas.

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Os estragos provocados pela explosão. “É como se um enorme terramoto tivesse atingido Beirute. Estou sem palavras”
Os estragos provocados pela explosão. “É como se um enorme terramoto tivesse atingido Beirute. Estou sem palavras”

As explosões no porto de Beirute na terça-feira, que devastaram bairros inteiros da capital libanesa, causaram 158 mortos e mais de 6.000 feridos, segundo um novo balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde.

O anterior balanço dava conta de 154 mortos e mais de 5.000 feridos devido às explosões, que as autoridades libanesas têm atribuído a um incêndio num depósito no porto onde se encontravam armazenadas cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio. O governo reconheceu que esta substância química perigosa estava armazenada “sem medidas de precaução".

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde disse que 120 dos feridos se encontravam em estado crítico, tendo as explosões deixado também até 300.000 pessoas desalojadas.

A “devastação” em Beirute vista por Farah. “Queremos sair do país. Não confiamos as nossas almas ao governo”
A “devastação” em Beirute vista por Farah. “Queremos sair do país. Não confiamos as nossas almas ao governo”

A explosão com uma força nunca vista, a mais devastadora que já ocorreu no Líbano, alimentou a raiva de uma população já mobilizada desde o outono de 2019 contra os líderes libaneses, acusados de corrupção e ineficácia em manifestações que reuniram centenas de milhares de pessoas.

Milhares estão hoje concentrados no centro de Beirute para pedir contas às autoridades sobre as explosões, que o Presidente do Líbano, Michel Aoun, admitiu poder dever-se a “um míssil ou uma bomba”.

Aoun rejeitou na sexta-feira qualquer investigação internacional sobre a explosão. As autoridades libanesas já detiveram mais de duas dezenas de pessoas em relação com o desastre, entre funcionários do porto e da alfândega.

A tragédia atingiu o país que vive uma crise política e uma crise económica séria - marcada por uma desvalorização sem precedentes da sua moeda, hiperinflação, despedimentos em massa -, agravada pela pandemia do novo coronavírus, que obrigou as autoridades a confinarem a população durante três meses.

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