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Sereno lamenta "imbróglio" da II Liga. "Clubes que não pagam fazem o que querem e dá isto"

07 ago, 2020 - 17:00 • Luís Aresta

O presidente da SAD do Vilafranquense avisa que os clubes da II Liga podem não aguentar novo adiamento da prova.

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Henrique Sereno, antigo internacional português e atual presidente da SAD do Vilafranquense, lamenta o "imbróglio" em que a II Liga se meteu, muito por causa do incumprimento financeiro de alguns clubes.

A II Liga tem subidas e descidas por definir e o seu arranque foi adiado devido a dois casos: Desportivo das Aves e Vitória de Setúbal foram excluídos das competições profissionais, o que anula a descida de Portimonense da I Liga e as descidas de Cova da Piedade e Casa Pia ao Campeonato de Portugal, e as subidas administrativas de Vizela e Arouca à II Liga foram suspensas pelo TAD. Em entrevista a Bola Branca, Sereno assume que este "é um imbróglio que não está fácil".

"Entendemos as partes, tanto a Liga como a Federação, são coisas que infelizmente acontecem. Por isso quis entrar no futebol, para deixar uma imagem diferente, de idoneidade e seriedade, em que cumprir com as obrigações financeiras e sociais nos faz sentir bem. E não os casos como o Aves ou o próprio Olhanense, que pôs a ação [interpôs providência cautelar sobre as subidas de Arouca e Vizela à II Liga] e que acho que também tem salários em atraso. Todos estes clubes que não pagam podem fazer o que querem e depois dá isto", frisa o antigo central.

Clubes "têm sofrido", mas "há que ter paciência"


Para Sereno, estes casos acontecem "porque as leis não são fortes". Caso contrário, "nada disto acontecia" e o calendário da II Liga já estaria a ser definido. Com o cenário atual, o presidente da SAD do Vilafranquense não esconde: "Neste momento estamos com um grande problema."

O início da II Liga foi adiado para 13 de setembro, embora a data não seja certa, pois é possível que os casos de justiça desportiva se arrastem.

Sereno admite que começar a 13 de setembro "não teria problema nenhum", porém, o dirigente avisa que "tudo o que seja passar essa data será muito difícil para os clubes" da II Liga, "que já têm sofrido muito".

"Mas temos de ter muita paciência. O momento é difícil para toda a gente", reconhece o antigo central de Vitória de Guimarães e FC Porto.

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