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Beirute. O "choque absolutamente brutal” da explosão pela lente de um português

05 ago, 2020 - 13:02 • João Sousa (Fotos)

João Sousa, um fotojornalista português residente em Beirute, estava na varanda da sua casa quando ouviu a explosão que abalou, na terça-feira à tarde, a capital do Líbano. Os mais recentes números, atualizados pela Cruz Vermelha local, dão conta de 100 mortos e perto de quatro mil feridos, tendo sido declarado o estado de emergência por duas semanas no país. Algumas das imagens podem chocar leitores mais sensíveis.

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A informação oficial é que isto foi um acidente”, mas “o que se ouve nas ruas é que isto foi um ataque, não há é provas para já”, relata o português à Renascença.

Clique aqui para ler o relato do fotojornalista à Renascença.

João Sousa, um fotojornalista português, residente em Beirute, escapou ileso às duas fortes explosões que, na terça-feira ao final do dia, abalaram a capital libanesa.

Os mais recentes números dão conta de 100 mortos e perto de quatro mil feridos, mas João Sousa acredita o número de vítimas vai aumentar.

O país declarou estado de emergência por duas semanas.

Depois de uma noite com “banda sonora de sirenes” e sem conseguir dormir por causa da adrenalina, João Sousa decidiu “sair outra vez, às 4h/5h da manhã, para fotografar” uma cidade devastada.

No rescaldo das explosões de ontem, Israel disse publicamente que não está por trás do que aconteceu.

Calcula-se, neste momento, que a magnitude da explosão se deveu ao facto de estarem armazenadas no porto de Beirute várias toneladas de nitrato de amónio, um componente de material explosivo.

Os efeitos das explosões estão à vista: “Praticamente tudo ficou danificado”, conta o português.

Mulher é transportada numa maca de emergência, enquanto segura um terço.

Esta quarta-feira, a União Europeia e vários outros países, da Rússia aos Estados do Golfo, anunciaram o envio de pessoal e equipamento para apoiar nas missões de resgate e salvamento.

João Sousa estava em casa, sentado na varanda onde costuma relaxar, quando tudo aconteceu. O fotojornalista vive a um quilómetro do porto onde ocorreram as explosões.

Até ao momento, não há indicação de cidadãos portugueses entre as vítimas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, esta quarta-feira, ter informações que apontam para a possibilidade de um ataque deliberado.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, prometeu que os culpados pela explosão no "perigoso" armazém do porto de Beirute serão responsabilizados.

A explosão em Beirute é já considerada uma das maiores da história, logo a seguir às nucleares em Hiroshima e Nagasaki.

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