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Covid-19

"Pandemia desnudou o tanto que nos falta fazer para combater as desigualdades", escrevem bispos portugueses

04 ago, 2020 - 17:18 • Ecclesia

Mensagem parte do texto que o Papa Francisco escreveu para o 106.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado (27 de setembro), este ano centrado nas “migrações forçadas".

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A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH), da Igreja Católica em Portugal, publicou uma mensagem em que destaca a necessidade de solidariedade, num momento marcado pela pandemia, que agrava a situação dos migrantes e refugiados.

“A pandemia desnudou o tanto que nos falta fazer para combater as desigualdades, mas sobretudo revelou a capacidade humana de convergir em sociedade, apesar das nossas diferenças. Enquanto Igreja a nossa fé e a nossa esperança recaem sobre o potencial de humanização que nos habita”, refere o texto, enviado esta terça-feira à agência Ecclesia.

A Mensagem da CEPSMH e da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) tem como título ‘Entre a incerteza e a esperança há uma ponte em construção’.

A Igreja Católica em Portugal vai promover de 9 a 16 de agosto a Semana Nacional de Migrações, inspirada pela mensagem do Papa Francisco, ‘Forçados, como Jesus Cristo a Fugir’, procurando apresentar “testemunhos de vida” sobre a realidade das deslocações forçadas, por causa da pobreza ou da guerra.

Durante esta semana decorre ainda a Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado a Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto.

A iniciativa, que nasceu há 48 anos, visa “sensibilizar a Igreja, as instituições estatais e a sociedade civil, para os dramas e inquietações” das pessoas em mobilidade.

A CEPSMH e a OCPM vão promover um recolha de testemunhos – vídeos, cartas, depoimentos áudio, fotos – através do endereço eletrónico ocpm@ecclesia.pt, para divulgação nas redes sociais.

"O objetivo é contribuir para que se conheça e compreenda, a fim de não termos medo de nos aproximar e servir, aprendermos a escutar para reconciliar, a fim de juntos partilharmos para crescer, coenvolver migrantes, refugiados autóctones, para promover comunidades mais inclusivas, estimular a colaboração interinstitucional para construir uma sociedade mais coesa, justa e fraterna, com um lugar para todos.”

A mensagem parte do texto que o Papa Francisco escreveu para o 106.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado (27 de setembro), que se centra este ano nas “migrações forçadas, as suas causas, os deslocados internos e a cooperação internacional”.

“Queremos muito ir para além do enfoque sobre os deslocados internos, esta é uma oportunidade para ir às periferias sociais e existenciais, e concretizar o que nos permite ser uma sociedade mais capaz de Acolher, Proteger, Promover e Incluir migrantes e refugiados”, aponta a CEPSMH.

Os bispos portugueses recordam, a este respeito, a situação em Cabo Delgado, norte de Moçambique, onde a violência formou “mais de 200 mil pessoas a sair das suas casas”.

“Escutamos os apelos incessantes, da Diocese de Pemba que os acolhe, à solidariedade Internacional e à rápida intervenção das instâncias políticas que tem o poder de travar, o massacre”, alertam os responsáveis católicos.

Comentários
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  • Desabafo Assim
    05 ago, 2020 09:56
    Srs Bispos que tendes autoridade lembrai aos coordenadores que vão unificar a oração à virgem Maria que no dia anterior à sua aparição majestosa muitas mulheres e homens rezavam, o dia ainda não tinha vindo, ninguém sabia nada desse dia, só dúvidas, no entanto, mesmo sem certeza alguma, nada os demoveu no querer ir presenciar tal acontecimento. Coloquem-se hoje nesse dia, nessa noite, rezem como nesse dia que antecedeu, hoje sabemos que todas as dúvidas desses momentos de oração não tinham razão para existir, mas eles não sabiam, simplesmente acreditaram num facto que na realidade se veio a confirmar. É intemporal, esteve ontem e estará sempre tal como o nosso criador, está olhando para nós nesse momento, Ela e muitos outros sem nada poderem fazer senão na esperança que peçamos para que nos possa ser dado.

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