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Diocese de Beja recupera peças de arte sacra desaparecidas

03 ago, 2020 - 18:17 • Rosário Silva

À Renascença, o bispo de Beja, D. João Marcos, garante que está a ser feito todo o trabalho de reconhecimento das peças, que pertencem a várias paróquias e ao seminário, para posterior devolução.

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A diocese de Beja está a fazer “todos os possíveis” para encontrar as peças de arte sacra cedidas por várias paróquias, para exposições promovidas pelo extinto Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA), e que não terão regressado à proveniência.

Questionado pela Renascença sobre o desaparecimento de dezenas de peças de arte sacra da diocese, o bispo de Beja, D. João Marcos, anunciou a recuperação de uma boa parte delas, nomeadamente as que pertencem ao seminário bejense.

“Algumas dessas peças estavam guardadas na Igreja de Santiago do Cacém. Só agora foram encontradas porque esse museu esteve fechado, por causa de um processo judicial que tinha a ver com as indemnizações devidas à empregada que o extinto DPHA lá tinha colocado”, alude o prelado.

O bispo confirma que “essas peças estavam ali depositadas há bastantes anos”, tendo sido “reclamadas sucessivamente, e em vão, pelas paróquias e pelo Seminário de Beja.”

Nas ultimas duas semanas, a diocese, através da sua Comissão Diocesana de Arte Sacra, trabalhou intensamente no sentido de encontrar as peças emprestadas para exposições que não foram devolvidas.

“Neste momento ainda há peças cujo paradeiro se desconhece, e a diocese fará todos os possíveis para as encontrar e devolver aos seus legítimos proprietários”, garante, à Renascença, D. João Marcos, referindo que cabe ao diretor da Comissão Diocesana de Arte Sacra, padre Manuel António do Rosário, a orientação de todo o trabalho de reconhecimento e devolução das peças, o que já está a acontecer.

Avaliados em milhares de euros, os objetos de arte sacra de paradeiro incerto foram emprestados ao DPHA, extinto em 2017, pelo bispo de Beja, devido à necessidade de “reajustar” as estruturas da diocese e por não ser “o meio mais adequado” para atingir os objetivos que levaram à sua criação, de acordo com o decreto de extinção.

Criado em 1984, durante três décadas de atividade, o Departamento do Património Histórico e Artístico da diocese de Beja recuperou várias igrejas rurais, inventariou o património religioso, criou uma rede diocesana de museus e, em 2004, concebeu o Festival Terras sem Sombra.

O departamento recebeu vários prémios, entre eles o de Cultura Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes 2010.

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