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Covid-19. Secretário de Estado emociona-se com "zero óbitos" mas pede cautela

03 ago, 2020 - 14:44 • João Carlos Malta

Numa pandemia a "imprevisibilidade" e a "incerteza" fazem com que seja necessário esperar pelos próximos dias para continuar a avaliação, sublinha Lacerda Sales.

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O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, emocionou-se durante a conferência de imprensa de balanço da pandemia da Covid-19 em Portugal, nesta segunda-feira, o primeiro dia desde 17 de março sem mortos em resultado da Covid-19.

Lacerda Sales justificou a emoção, que o fez parar muitas vezes durante as respostas e voz embargada, com os "muitos meses a anunciar óbitos". "Para nós, do ponto de vista humano e para um profissional de saúde não é bom. Espero que possamos estar aqui a anunciar mais zero óbitos muitos mais dias", disse.

No entanto, nas várias vezes que falou do número, o secretário de Estado falou da "humildade" e da "cautela" ao olhar para os números, porque numa pandemia a "imprevisibilidade" e a "incerteza" fazem com que seja necessário esperar pelos próximos dias para continuar a avaliação.

Olhamos para estes números com humildade, com cautela, porque sabemos que, de um momento para o outro, esta situação se pode inverter", resumiu António Lacerda Sales.

Já em relação à diminuição dos casos ativos com Covid-19 (menos 330) e o aumento das pessoas em vigilância (1950), o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, justificou-a com a "maior probabilidade" de mais contactos.

“No momento em que estamos a desconfinar, por exemplo em relação às escolas, aos exames, ao reinício de férias, às visitas familiares se tivermos um caso, a probabilidade de esse caso ter tido contactos com pessoas hoje é substancialmente maior do que acontecia há um mês, e muitíssimo maior há dois meses”, explicou.

"Se há dois meses um infetado não teria mais de quatro contactos, agora pode contactar facilmente com 10, 20 ou 30 pessoas. É um bom sinal de identificação por parte da Saúde Pública e um bom sinal, se apertarmos a malha cortamos mais precocemente as cadeias de transmissão”, acrescentou.

Refira-se ainda que a 30 de julho, segundo revelou esta segunda-feira o Governo há um total de 4195 profissionais de saúde infetados pela Covid-19. Destes 553 são médicos, 1289 são enfermeiros, 1227 são assistentes operacionais, 166 são assistentes técnicos, 129 são técnicos superiores de diagnostico e tratamento e 831 estão categorizados como outros profissionais.

Destes, há 3.559 que já estavam recuperados, e os restantes ainda estão a ser acompanhados.

No mesma comunicação, Lacerda Sales falou ainda dos muitos portugueses que estão, neste momento, a gozar as férias que, alertou, "não se podem esquecer de não relaxar as regras de etiqueta respiratória e distanciamento social que os novos tempos impõem".

"O nosso sucesso colectivo continua a depender das acções individuais", disse o secretário de Estado, referindo-se quer a situações em família, no trabalho, na praia, ou noutros locais públicos", ramatou.

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  • Manuel
    03 ago, 2020 Valadares-V.N.Gaia 20:56
    Vamos ter pena dele. Coitado do secretario de estado. Coitadinho----

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