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Chancel Mbemba

Paciência foi a maior virtude do herói da Taça de Portugal

02 ago, 2020 - 01:33 • Inês Braga Sampaio

Mbemba, melhor em campo para a Renascença, marcou os dois golos da vitória do FC Porto sobre o Benfica, por 2-1. Após uma primeira época em que mal jogou, 2020 foi o ano do congolês.

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Chancel Mbemba foi o grande protagonista da final da Taça de Portugal. O central congolês, eleito melhor em campo para a Renascença, marcou os dois golos da vitória do FC Porto sobre o Benfica, por 2-1.

No final da partida, em declarações à RTP3, Mbemba mostrou-se orgulhoso por ter ajudado a equipa a conquistar a dobradinha.

"Honrámos a camisola do Porto. Defendemos bem, tivemos as nossas ocasiões para marcar e correu bem. Aproveitei a oportunidade, não é fácil. Foi sentido de oportunidade", explicou o central, em francês.

Mbemba revelou que, depois da expulsão, no balneário, ao intervalo, Sérgio Conceição disse aos jogadores para "honrarem a camisola e irem com raça para a segunda parte, em honra dos adeptos e do presidente".

Na segunda parte, não esteve Sérgio a orientar a equipa, mas esteve o adjunto, Vítor Bruno, que após o apito final, também ao microfone da RTP3, fez questão de fazer menção especial a Mbemba, que "passou um momento difícil no Porto", porque "inicialmente não era utilizado".

De facto, Mbemba chegou ao FC Porto no verão de 2018, por 4,5 milhões de euros. No entanto, na primeira época, fez apenas seis jogos. Esta temporada, com a saída de Militão, parecia que podia ganhar espaço, mas o FC Porto foi buscar Marcano, o que o deixou novamente tapado.

Até ao final de outubro, Mbemba participou somente em sete dos 16 jogos disputados pelo FC Porto. Contudo, a dada altura, começou a convencer Sérgio Conceição com a sua polivalência: o central internacional pela República Democrática do Congo pode também jogar a lateral-direito e médio-defensivo. Assim fez, permitindo a Corona soltar-se das amarras da defesa e jogar a extremo, e tapando as ausências de Danilo.

A partir de novembro, Mbemba só não esteve em campo em cinco jogos. Em 40 possíveis, o defesa entrou em 35. E além da polivalência, começou a mostrar, também, veia goleadora: foram seis ao todo, esta época.

Não obstante, jogar a médio-defensivo ou a lateral sempre foi opção de recurso para Mbemba. Porém, era essa a porta que continuava fechada por Pepe e Marcano e que só se abria quando um deles se lesionava.

Foi precisamente assim que Mbemba conseguiu a maior das oportunidades, após a paragem devido à pandemia da Covid-19.

Marcano lesionou-se ainda antes de a competição ser retomada e soube que não jogaria mais durante o resto da época. Em vez de apostar em Diogo Leite, canhoto como o espanhol, Sérgio Conceição colocou Mbemba no lado direito e empurrou Pepe para a esquerda.

O internacional congolês justificou: foi sempre titular e, à parte a derrota logo a abrir com o Famalicão, o FC Porto só perdeu quando ele não jogou, devido a lesão, na última jornada do campeonato, frente ao Braga.

Este sábado, frente ao Benfica, na final da Taça de Portugal, quando o FC Porto se encontrava em desvantagem numérica, devido à expulsão de Luis Díaz, Mbemba completou a sua afirmação com dois golos.

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