31 jul, 2020 - 19:44 • Filipe d'Avillez
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O acidente aconteceu pouco antes das 15h30, em Soure, no distrito de Coimbra.
O alfa-pendular da CP circulava no sentido Sul-Norte, com 212 passageiros a bordo quando embateu numa máquina de trabalho da Refer que estava na linha. As duas vítimas mortais confirmadas eram os trabalhadores que estavam nessa máquina.
Para além dos dois mortos, há pelo menos 20 feridos ligeiros e seis feridos graves, sendo o maquinista aquele que inspira mais cuidados, adianta a Proteção Civil.
Foi montada uma tenda de campanha no local para acolher e tratar os feridos, com capacidade para mais de 200 pessoas. Segundo o presidente da Câmara de Soure não há feridos em estado crítico. Os passageiros que saíram ilesos do descarrilamento tiveram apoio psicológico e de enfermagem e foram transportados de autocarro para Alfarelos, para poderem seguir viagem para norte.
Com este descarrilamento ascende a 36 o número de vítimas mortais por acidentes ferroviários nos últimos 20 anos, devido a 34 acidentes.
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Acidente vitimou pelo menos duas pessoas e fez 37 (...)
O acidente levou ao corte da circulação na linha do Norte, entre Alfarelos e Pombal e assim deve permanecer durante algum tempo, segundo a Infraestruturas de Portugal, uma vez que os danos à via foram severos.
O ministro das infraestruturas, Pedro Nuno Santos, está no local e garante que não está em causa a segurança ferroviária. Também António Costa já reagiu, lamentando o acidente, dando condolências às vítimas e familiares e mostrando solidariedade para com todos os trabalhadores da ferrovia.
O Presidente da República já fez chegar as suas condolências aos familiares das vítimas e pede que se apurem rapidamente as causas do acidente.
Às 18h30 estavam no local 225 operacionais, apoiados por 85 viaturas terrestres e dois meios aéreos, segundo a Proteção Civil.
O embate entre o alfa-pendular e a máquina de trabalho causou um estrondo audível, e uma coluna de fumo, segundo testemunhas que estavam próximas do local.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários revelou, entretanto, vai investigar o acidente.
Não se sabe ainda a que velocidade circulava o comboio, mas o O presidente da Associação de Utentes Comboios do Século XXI, Nuno Gomes Lopes, diz que naquele troço pode-se circular até aos 190 km/h.
[Notícia atualizada às 01h37]