31 jul, 2020 - 18:49 • Teresa Paula Costa , Inês Rocha
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“Os bancos, as malas em cima, as coisas todas, tudo o que era ferros rebentava por todos os lados”. É assim que José Pereira, passageiro que seguia no lugar 45 da carruagem 6 do Alfa Pendular que descarrilou em Soure, esta sexta-feira, descreve o momento do acidente que vivenciou.
No momento do embate, o homem de 73 anos viu “o comboio automaticamente a desfazer-se”.
José Pereira, que entrou na Gare do Oriente e ia a caminho de Vila do Conde, onde mora, não consegue dizer quanto tempo tudo demorou. “Às vezes um minuto são três, mas ali durante uns minutos largos todas as pessoas estavam em pânico, aquilo tudo a desfazer-se”, descreve à Renascença.
Coimbra
Descarrilamento ocorreu na zona de Soure após emba(...)
Quando o comboio finalmente paralisou, “as pessoas lá dentro ajudaram-se umas às outras, a levantarem-se, a pegarem nas malas”. Tentaram ainda partir os vidros “para entrar ar, porque não se podia abrir as portas nem nada”, diz.
Minutos mais tarde, chegaram os bombeiros, que “começaram a abrir portas” e a evacuar o comboio, retirando os passageiros, “um a um”.
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Acidente vitimou pelo menos duas pessoas e fez 37 (...)
Pelo menos duas pessoas morreram esta sexta-feira no descarrilamento de um Alfa Pendular em Soure, distrito de Coimbra.
As duas vítimas mortais eram operadores da máquina de trabalho da Refer em que o comboio embateu, segundo confirmou à Renascença o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes.
O comboio circulava no sentido Sul-Norte.