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​Juventude Hospitaleira escreve aos utentes das casas de saúde

30 jul, 2020 - 17:27 • Ana Lisboa

Forçados ao distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19, os jovens querem manter-se ligados a esta missão da hospitalidade.

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Chamam-lhes "cartas de amor" às mensagens que escrevem para as várias casas de saúde que as irmãs e os irmãos Hospitaleiros têm um pouco por todo o país.

A iniciativa da Juventude Hospitaleira quer, assim, continuar a manter o contacto com os utentes destas casas de saúde, para "lhes mostrar que não estão esquecidos".

Mariana Silva, de quem partiu esta ideia, explica que a iniciativa "surgiu pela necessidade de sermos cada vez mais presentes na vida das pessoas assistidas, que são parte desta grande família, a família hospitaleira, na qual todos nós nos sentimos integrados".

Esta jovem refere ainda que "a ideia das cartas irá, de alguma maneira, manter-nos unidos, embora de uma forma diferente (...) É quase como se as cartas funcionassem como um telefone sem fios, que liga o coração e o nosso pensamento pelo amor e pela hospitalidade que nos une".

Através das cartas, "vamos ter a possibilidade de manter vivas estas relações, dizendo-lhes também que não estão sós, nem abandonados nesta caminhada, até ao dia em que nos voltarmos a poder abraçar de novo", reconhece Mariana Silva.

Todos estes utentes dos centros de saúde Hospitaleiros "são a família que o nosso coração escolheu. Por isso, estão sempre presentes no nosso pensamento e esta é uma forma de lhes reforçar quanto isso é importante para nós", admite a jovem Hospitaleira.

As cartas não são dirigidas a cada um dos utentes, mas a todos de cada uma das casas de saúde.

Para a irmã Margarida Costa Silva, "esta é, sem dúvida, uma maneira de (os jovens) continuarem a manter o contacto com os utentes das casas de saúde, porque o mais importante nesta vida são, por um lado, as marcas que deixamos atrás de nós, ao cruzar as nossas vidas com os outros. Mas também e sobretudo o positivo enriquecedor que podemos receber dessas mesmas pessoas".

E acrescenta "nós que contactamos diariamente com estas pessoas, sabemos o quanto isto contribui para a qualidade da sua vida e o quanto as faz felizes".

A religiosa da Congregação das Irmãs Hospitaleiras lembra que se pretende "manter esta relação tão positiva dos jovens com os utentes dos centros onde cada um realizou as atividades e, ao mesmo tempo, mostrar-lhes que continuam a ser recordados, sendo que a amizade vai para além dos abraços ou dos encontros estabelecidos".

Que esta iniciativa, afirma a irmã Margarida, "ponha em movimento toda uma cadeia de relações que nos possam fortalecer como pessoas, nos faça acreditar que não estamos sozinhos".

Atualmente há 77 jovens hospitaleiros.

Este Ano Pastoral que estão a viver tem com o lema "Levanta-te e vive a hospitalidade". Um lema que visa "proporcionar aos jovens razões que os ajudem a desinstalar-se, levantar-se do sofá, como nos exorta o Papa Francisco, e a deixar-se sensibilizar com o sofrimento dos outros, acompanhando e comprometendo-se com as necessidades mais prementes da sociedade atual", sublinha a irmã Margarida.

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