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“Quero tornar-me astronauta”. Estudantes indianas descobrem asteroide rumo à Terra

29 jul, 2020 - 10:40 • Marta Grosso

Ainda vai demorar milhões de anos para que o asteroide se comece a aproximar do nosso planeta, mas a descoberta já mudou a vida das adolescentes. “Não há limite para pesquisar no espaço”.

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Foi num projeto conjunto com a NASA que duas estudantes indianas descobriram a existência de um asteroide a alterar lentamente a órbita para a redirecionar para a Terra.

Radhika Lakhani e Vaidehi Vekariya, ambas no ensino secundário, estavam a trabalhar num projeto escolar quando descobriram o HLV2514 (o nome dado ao asteroide).

“Iniciámos o projeto em junho e enviámos a nossa análise há algumas semanas para a NASA. Em 23 de julho, eles enviaram-nos um e-mail a confirmar que tínhamos identificado um objeto próximo da Terra”, relata Vaidehi Vekariya, de 15 anos, à CNN.

O trabalho insere-se numa cooperação entre a Space India e a NASA, que permite aos alunos analisarem imagens tiradas por um telescópio da Universidade do Havai.

Segundo o astrónomo indiano e professor Aakash Dwivedi, esta parceria tem permitido a estudantes de toda a Índia aprenderem a identificar os corpos celestes, usando um software que analisa imagens recolhidas pelo telescópio PAN Star da NASA. Os alunos procuraram objetos em movimento.

A descoberta das duas jovens, a estudar na cidade de Surat, no estado indiano de Gujarat, tornou-se notícia, porque o HLV2514 está a mudar a sua órbita, explica ainda o astrónomo, citado pela CNN.


Neste momento, o asteroide está perto da órbita de Marte, mas num milhão de anos mudará de órbita e aproximar-se-á da Terra. Para já, está a uma distância superior a 10 vezes a distância existente entre a terra e a lua.

Os asteroides, conhecidos como planetas menores, são pequenos objetos rochosos que orbitam o Sol.

Por causa da pandemia, os estudantes não podem comemorar a descoberta, mas Vaidehi Vekariya já definiu o seu futuro: “Isto foi um sonho. Quero tornar-me astronauta”.

“É um tópico tão vasto... Não há limite para pesquisar no espaço, especialmente a teoria dos buracos negros”, acrescentou.

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