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​Presidente do Parlamento Europeu não aceita corte no orçamento para investigação

22 jul, 2020 - 12:50 • Redação, com Lusa

David Sassoli mostra-se “satisfeito” com o plano para relançar as economias europeias na sequência da pandemia de Covid-19, mas considera que o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2017 pode ser melhorado.

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O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, avisa que os eurodeputados não concordam com cortes na investigação e vão tentar melhorar o orçamento europeu acordado entre os chefes de Estado e de Governo.

David Sassoli mostra-se “satisfeito” com o plano para relançar as economias europeias na sequência da pandemia de Covid-19, mas torce o nariz ao Quadro Financeiro Plurianual 2021-2017.

"Há uma proposta em cima da mesa, mas queremos melhorá-la", disse esta quarta-feira o presidente do Parlamento Europeu.

Frisando que "há coisas que têm de ser corrigidas" no documento durante as negociações com os eurodeuta, instituição que tem a palavra final na aprovação, o responsável italiano vincou ser necessário "dar resposta a alguns cortes injustificados".

"Não podemos cortar no orçamento para investigação nem pôr em causa os jovens e programas como o Erasmus", precisou David Sassoli, notando também ser "necessário clarificar a política migratória para evitar cortar verbas nessa área".

Assinalando que a assembleia europeia "está pronta para discutir", o responsável defendeu "rápidas negociações", que tornem, desde logo, o orçamento da UE a longo prazo "mais útil para os cidadãos".

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Sobre o plano de recuperação, acordado na madrugada de terça-feira, em Bruxelas, David Sassoli mostra-se “muito satisfeito pela visão que foi confirmada pelo Conselho Europeu para uma resposta partilhada à crise".

Para o presidente da assembleia europeia, foi "bom" que os líderes europeus tenham abdicado de "ideias preconcebidas", ao terem feito "cedências" durante as discussões, que duraram cinco dias e quatro noites, num total de mais de 90 horas.

"Eles discutiram e chegaram a compromissos e a democracia é isto", realçou David Sassoli, comparando esta cimeira com uma anterior, em fevereiro passado, na qual "tudo parecia um tabu" no que toca às respostas económicas à crise.

O Conselho Europeu aprovou na madrugada de terça-feira um acordo para retoma da economia comunitária pós-crise covid-19, num pacote total de 1,82 biliões de euros.

Numa cimeira histórica, a segunda mais longa da União Europeia, foi aprovado um Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 de 1,074 biliões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões.

Deste Fundo de Recuperação, 390 mil milhões de euros serão atribuídos em subvenções (transferências a fundo perdido) e os restantes 360 mil milhões em forma de empréstimo.

Ao todo, Portugal vai arrecadar 45 mil milhões de euros em transferências nos próximos sete anos, montante no qual se incluem 15,3 mil milhões de euros em subvenções no âmbito do Fundo de Recuperação e 29,8 mil milhões de euros em subsídios do orçamento da UE a longo prazo 2021-2027.

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