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Covid-19. Se a situação continuar como está, não haverá Jogos Olímpicos em Tóquio

22 jul, 2020 - 12:39 • Redação com Lusa

O presidente do comité organizador dos Jogos de Tóquio2021, Yoshiro Mori, diz que a realização do evento depende do desenvolvimento de um tratamento para a doença.

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O desenvolvimento de um tratamento para o novo coronavírus será um elemento fundamental para permitir a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 em 2021, afirmou o presidente do comité organizador, Yoshiro Mori, esta quarta-feira.

“O primeiro ponto será o desenvolvimento de uma vacina ou de um medicamento”, sublinhou Mori, em entrevista à estação televisiva japonesa NHK. Devido à pandemia de Covid-19, os Jogos Olímpicos, que deveriam ter início na sexta-feira, foram adiados, tendo o seu início marcado para 23 de julho de 2021.

“Se a situação continuar como está, não podemos [organizar os Jogos]”, acrescentou o responsável, recusando, no entanto, a pensar nessa hipótese: “Não posso imaginar que tudo se mantenha como está no próximo ano”.

Estudos recentes demonstraram uma queda do interesse da população japonesa na organização dos Jogos, em simultâneo com o ressurgimento da doença provocada pelo novo coronavírus no Japão.

Segundo uma sondagem publicada na semana passada, pela agência noticiosa Kyodo News, apenas uma em cada quatro japoneses apoia a realização dos Jogos em 2021, enquanto a maioria defendia o adiamento ou o cancelamento.

Porta fechada poderá motivar cancelamento

Mori recusou, ainda, considerar a realização do evento à porta fechada ou com um número reduzido de espetadores. “Se essa for a única alternativa, teremos de refletir [sobre a manutenção dos Jogos]”, referiu o líder do comité organizador, acrescentando que “se isso ocorrer, poderá ser considerado o cancelamento”.

O Japão foi um dos países menos afetados pelo novo coronavírus, graças a uma política de isolamento rigorosa, contabilizando menos de 1.000 mortes devido à covid-19 e cerca de 27 mil infetados.

No entanto, Tóquio e a sua área metropolitana, que conta cerca de 37 milhões de habitantes, regista este mês um aumento súbito do número de infetados

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