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​Évora refresca as noites quentes de verão com “Cinema Paraíso”

09 jul, 2020 - 17:24 • Rosário Silva

A céu aberto, até 12 de setembro, o jardim do Centro de Arte e Cultura de Évora está a receber o ciclo “Cinema Paraíso”. Uma dezena de sessões de cinema de autor, com entrada gratuita, mas limitada à lotação da plateia.

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A obra-mestra de Giuseppe Tornatore, de 1988, “Cinema Paraíso”, que revela uma visão apaixonada do cinema e do seu encanto, dá titulo à iniciativa que a Fundação Eugénio de Almeida (FEA), em Évora, propõe para as noites quentes de verão.

Embora já programado, o evento é também uma homenagem ao compositor e maestro italiano Ennio Morricone, recentemente falecido, um dos maiores da musica escrita para a sétima arte, autor, precisamente da banda sonora do inesquecível filme “Cinema Paraíso”.

Até 12 de setembro, o Jardim Tardoz, do Centro de Arte e Cultura da FEA, transforma-se numa verdadeira sala de cinema a céu aberto, sem descurar as normas de higiene e segurança, fundamentais neste período de pandemia. Por isso mesmo, a organização garante lugares fixos, cerca de meia centena, e entrada livre limitada à lotação da plateia.

De Charlie Chaplin a Roscoe ‘Fatty’ Arbuckle, Buster Keaton e Jacques Tati, entre muitos outros artistas, a programação é composta por filmes para todos os gostos e idades, e apresenta “histórias e personagens icónicas do património cinematográfico mundial que experienciam com humor, mas também seriedade, os casos e acasos da vida de todos os dias”, indica a FEA, na nota enviada à Renascença.

Uma dezena de sessões de cinema, apresentam filmes da era do mudo acompanhados por música ao vivo, com a presença de vários artistas, destacando-se, por exemplo, Badja MC, Dj Fatinch, Celina da Piedade ou Rita Só, que prometem dar “um ambiente de festa e animação”, ao Jardim Tardoz.

Filmes para todos os gostos e idades

Sempre às 21h30, o ciclo de cinema começou no final do mês de junho com a apresentação do filme “O Garoto de Charlot” (1921), de Charlie Chaplin, musicado ao vivo por Amílcar Vasques-Dias, tendo-se seguido a exibição de “Playtime, Vida Moderna” (1967), de Jacques Tati.

Mas até setembro há muito mais para ver. Já este sábado, dia 11, é exibida a pelicula “Ammore e Malavita” (2017), de Antonio Manetti e Marco Manetti, seguindo-se no dia 18 de julho, a apresentação de duas curtas cómicas da era do mudo, musicadas ao vivo por Badja: “The Garage” (1919), de Roscoe 'Fatty' Arbuckle, e “The Grocery Clerk” (1920), de Larry Semon.

O mês não termina sem a apresentação a exibição, no dia 25, do filme “A princesa das ostras”d (1919)e , Ernst Lubitsch, com musica ao vivo a cargo de Tó Zé Bexiga e Zé Peps.

Agosto traz mais cinema. Logo no primeiro dia do mês, há fábulas e contos mudos, com musica ao vivo de João Baião: “O Rato do Campo e o Rato da Cidade” (1921); “Ali Baba e os quarenta ladrões” (1902); “A Galinha dos Ovos de Ouro” (1905); “A Bela Adormecida” (1908) e, ainda, “A Gata Borralheira” (1907).

O DJ Fatinch vai ser o responsável pela musica improvisada do filme “Hospitalidade” (1923), de Buster Keaton, a exibir no dia 15 de agosto.

O “Cinema Paraíso” prossegue no dia 29, com seis curtas mudas com heroínas femininas, onde não vai faltar a musica improvida de Celina da Piedade. Assim, nessa noite, vai poder assistir a “A Lady and Her Maid” (1913); “Rosalie et Léontine vont au Théâtre” (1911); “Les Ficelles de Léontine” (1910); “Cunégonde reçoit sa famille” (1912); “Les Femmes Députées” (1912), e “The Pickpocket” (1913).

Com o inicio de setembro, fica mais próximo o final deste evento que a anteceder o encerramento, propõe a visualização do filme “Tuvalu” (1999), de Veit Helmer. Finalmente, a 12 desse mês, há um cine-concerto-festa, com curtas musicadas ao vivo por Rita Só, colocando um ponto final no “Cinema Paraíso”, a festa que homenageia a sétima arte.

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