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UTAD com certificação internacional em Ambiente e Energia

09 jul, 2020 - 09:18 • Olímpia Mairos

Intervenções de sustentabilidade ambiental transformam a universidade transmontana num ecocampus alinhado com a agenda 2030 com certificação internacional em Ambiente e Energia.

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A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver um conjunto de ações que visam a sustentabilidade ambiental da instituição, integradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

De acordo com a academia as intervenções realizadas, traduzem-se numa redução superior a 70% nas emissões de gases com efeito de estufa, além de uma redução superior a 25% no consumo de energia. Resultados que conduziram à certificação internacional do Campus da UTAD relativa aos Sistemas de Gestão Ambiental e de Gestão de Energia, em simultâneo, por um período de 3 anos.

“Trata-se de mais um passo na afirmação da UTAD como instituição que privilegia o uso eficiente de recursos numa perspetiva ecológica e de melhoria contínua dos espaços oferecidos a trabalhadores e estudantes”, explica o pró-reitor da UTAD para a área do Património e Sustentabilidade, Amadeu Borges.

O também investigador do Centro de Química de Vila Real e responsável pela implementação dos Sistemas de Gestão Ambiental e de Energia na UTAD assinala que “a obtenção desta certificação foi um processo longo, tendo em conta as muitas exigências requeridas para cumprimento das normas”.

Em Portugal “são poucas as instituições que possuem certificação nestes referenciais, sendo que a UTAD é a primeira instituição não empresarial a obter a certificação simultânea nos dois referenciais”, observa o pró-reitor.

“Na Europa, fazemos parte de um grupo com menos de 10 instituições, a sua maior parte do Reino Unido, que possuem esta dupla certificação”, declara Amadeu Borges, sublinhando que “foi a primeira vez que uma instituição de ensino superior se submeteu a critérios exigentes, como os requeridos por estas normas, em simultâneo, normalmente solicitados por indústrias, mas apenas em um dos referenciais”.

A obtenção das certificações para um campus com cerca de 130 hectares, com 46 edifícios e com cerca de 7.000 utilizadores, segundo o pró-reitor “apresentou enormes desafios, muito dificilmente encontrados no setor indústria”, fazendo com que a “vontade de melhorar seja ainda maior”.

Este é um “ponto de viragem” para a UTAD, sendo, ao mesmo tempo, concluído um conjunto de medidas de melhoria da eficiência energética que, com financiamento do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, “irá permitir trazer os edifícios, alguns com 40 anos, ao século XXI, em termos de consumo de energia”, conclui Amadeu Borges.

O conjunto de ações desenvolvidas “transformou o Campus da UTAD num verdadeiro ecocampus”, assinala a academia transmontana, frisando que o objetivo é fazer com que o Campus da UTAD, que concentra o maior Jardim botânico da Península Ibérica, e que integra mais de 6.500 árvores, “possa ter um balanço positivo de carbono”.

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