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Artes performativas invadem ruas de Setúbal

07 jul, 2020 - 10:38 • Rosário Silva

Performances, encontros ou teatro nas ruas da baixa e centro histórico de Setúbal, até sexta-feira, na Mostra de Artes Performativas.

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Depois de um fim de semana repleto de diferentes iniciativas, a semana promete dar continuidade ao vasto programa que integra a segunda edição da MAPS – Mostra de Artes Performativas de Setúbal, iniciativa da Câmara Municipal sadina.

Até sexta-feira, a MAPS oferece cerca de duas dezenas de espetáculos de diferentes expressões artísticas, em vários locais da cidade, entre a baixa e o centro histórico. O certame é totalmente composto por performances nacionais de múltiplas manifestações artísticas, gratuitas, e dirigidas a vários públicos.

Por exemplo, esta terça-feira, dia 7, a mostra apresenta, às 21h30, em A Gráfica, “EX(AM)”, uma peça teatral de Tiago Bôto e Wagner Borges, que se assume como “uma proposta de exame numa reflexão ficcional e real, em formato de observatório”, indica a organização.

Na quarta-feira volta a cena, em A Gráfica, às 21h30, a peça “Poema à Duração”, projeto encenado por Jean Paul Bucchieri, a partir do texto homónimo do austríaco Peter Handke, Prémio Nobel da Literatura em 2019. Com interpretação de João Lagarto e colaboração dramatúrgica de David Antunes, este trabalho, “apresentado em estreia absoluta, assume-se como uma reflexão filosófica sobre o conceito de duração e de tempo.”

Encenação, conversas e uma mostra imersiva


Já na quinta-feira, a Praça de Bocage é palco, a partir das 21h30 do espetáculo/encenação, “Asa d’Areia”, da companhia sineense Teatro do Mar, “que funde o vídeo documental e o conceptual com o circo contemporâneo”, nomeadamente a arte do equilíbrio, no arame e na corda bamba, a dança e as formas animadas.

Antes, contudo, pelas 19h00, o certame proporciona, novamente no espaço A Gráfica, uma conversa em torno do significado “Ser artista emergente na linha do Sado”, dinamizada pela Revista FOmE. Iniciativa que vai contar com a participação de Sérgio Braz D’Almeida, João Bordeira, João Fortuna e Inês Pucarinho, e moderação de Patrícia Paixão.

Até quinta-feira ainda tem a possibilidade de visitar a mostra imersiva “CTRL + ALT + ERROR”, que está patente em A Gráfica, pretendendo colocar o visitante “num estado de profunda reflexão, transportando-o entre colagens analógicas e projeções holográficas, numa narrativa entre passado, presente e futuro, através de um olhar saltitante, das tribos primitivas da Amazónia à indústria do século XXI, entre o lixo e a floresta intocada e entre o sublime e o grotesco”, acrescenta, em comunicado, o município de Setúbal.

"Interação, fruição e valorização do património"


O encerramento do evento acontece, então, na sexta-feira, às 19h00, com “Movimento Zebra”. Trata-se de um projeto de formação teatral do Teatro O Bando, que integra “Setúbal, Território Intercultural – Conceção e Implementação do Plano Municipal para a Integração de Migrantes”.

“A liberdade, a igualdade e as questões de género, o consumo, o trabalho e a corporalidade”, são alguns dos principais temas, focados no decorrer desta segunda MAPS.

O município pretende estimular a “interação, a fruição e a valorização do património”, através da apresentação de espetáculos.

Depois de um longo período de abstinência cultural, por causa da pandemia, Setúbal “fomenta o acesso às artes”, assegurando “a diversificação, a descentralização e a difusão da criação artística”, e incentivando “a captação de diferentes públicos”, explica, ainda, a nota da organização.

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