07 jul, 2020 - 18:35 • João Paulo Ribeiro
Um dia depois do empate em Moreira de Cónegos, o Sporting mantém o tom crítico em relação à arbitragem de Tiago Martins.
Já depois dos reparos e das queixas relativamente a dois penaltis que terão ficado por assinalar a favor da equipa de Rúben Amorim, os leões acusam agora o árbitro Tiago Martins de prepotência ao deixar a equipa 1h30m à espera, enquanto finalizava o relatório do jogo.
Para Carlos Severino, antigo candidato à presidência do Sporting, a falta de respeito para com os leões levou à vergonha - e estamos a citar - daquilo que se passou ontem, em Moreira de Cónegos.
"É uma vergonha para o árbitro que não viu o que toda a gente viu. Nem mesmo recorrendo ao vídeo-árbitro tomou a decisão certa. Ficaram duas grandes penalidades por assinalar. É um trabalho que os dirigentes do Sporting têm de fazer, porque o clube não tem peso nos órgãos de decisão. É assim há muitos anos", considera.
Arbitragens que prejudicam o Sporting não são surpresa
Esse peso que falta ao Sporting em matéria de poder de decisão leva Carlos Severino a não ficar nada surpreendido com o que se passou no 0-0 diante do Moreirense.
"Sporting foi altamente prejudicado mas isso, infelizmente, não me surpreende. O clube não tem força nos centros de decisão e isso reflete-se na arbitragem. É preciso agir com estratégia para não ser prejudicado como ontem", acrescentou.
Por tudo isto, Carlos Severino conclui que não basta ter bons e jogadores e bom treinador. É preciso estratégia junto dos organismos que tutelam o futebol português.
"Isso passa por um trabalho de fundo e o Sporting tem de trazer para a sua luta outros clubes que não os rivais. Ninguém alinha com o Sporting e a direção do Sporting tem de procurar ter peso na Federação Portuguesa de Futebol, Conselhos de Arbitragem e Disciplina. Não era assim que devia ser mas é assim que é, infelizmente. Não para o Sporting ser beneficiado mas sim para não ser prejudicado", concluiu.