06 jul, 2020 - 22:03 • Filipe d'Avillez
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O Bloco de Esquerda quer que as escolas assegurem durante as férias de verão as refeições aos alunos, que beneficiam da ação social escolar.
A deputada Joana Mortágua diz à Renascença que cerca de 30 mil alunos têm beneficiado destas refeições nos últimos meses e que a crise social determina a continuação deste apoio às famílias.
“É uma crise social muito rápida, muito grave, com muitas pessoas que de um momento para o outro começaram a precisar de apoio alimentar. Essas crianças já tinham apoio quando estavam na escola, já tinham acesso às refeições pela via da ação escolar, sendo importante que, de um momento para o outro, com a entrada das férias escolares, esse apoio não se interrompa”, afirma.
“Sabemos que o Governo já tinha garantido durante julho a manutenção do apoio. O que queremos é que ele se mantenha como está até ao próximo ano letivo, ou seja, durante a interrupção do verão”, conclui a deputada.
O Bloco de Esquerda vai pedir o agendamento imediato deste projeto de resolução que recomenda ao Governo a manutenção das refeições durante as férias de verão.
De acordo com um projeto de resolução, que não tem força de lei, a bancada parlamentar bloquista considerou que “a ação social escolar e os refeitórios escolares foram um dos instrumentos das políticas públicas que foram acionados” no contexto "de crise social e sanitária" decorrente da pandemia de Covid-19.
“Cerca de 700 cantinas escolares ficaram abertas não só para fornecer refeições aos filhos e dependentes dos trabalhadores de serviços essenciais, como também aos alunos e às alunas com menos recursos económicos”, prossegue o documento.
Este apoio é “imprescindível para que milhares de crianças e jovens possam”, depois das férias de verão, regressar às aulas sem “terem passado por maiores carências económicas e alimentares”.
Desde o incício de Março, o crédito das empresas e(...)