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Vaticano reforça colaboração internacional para transparência financeira

03 jul, 2020 - 12:34 • Aura Miguel

Autoridade de Informação Financeira do Vaticano intensificou a colaboração interna e internacional e o resultado, em 2019, envolveu quatro medidas preventivas de autoridades vaticanas e 370 casos de pedidos de esclarecimento e troca de informações com autoridades estrangeiras.

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O relatório 2019 da Autoridade de Informação Financeira (AIF) do Vaticano, divulgado esta sexta-feira, no Vaticano, indica que houve 64 denúncias de atividades suspeitas. Destas, 55 de entidades supervisionadas e quatro de autoridades da Santa Sé.

A AIF intensificou a colaboração interna e internacional e o resultado, em 2019, envolveu quatro medidas preventivas de autoridades vaticanas e 370 casos de pedidos de esclarecimento e troca de informações com autoridades estrangeiras.

O relatório adianta ainda que a AIF bloqueou uma conta corrente, no total de 240 mil euros e de 178.970,65 euros, respectivamente. A Autoridade também enviou 15 Relatórios ao Gabinete do Promotor de Justiça e confirmou a tendência de crescimento na proporção entre Relatórios enviados e denúncias recebidas.

Quanto a eventuais crimes de natureza financeira, a maior parte deles “envolvem sujeitos estrangeiros ou condutas adoptadas em jurisdições estrangeiras, ou com elas relacionadas. Os principais riscos para eventuais crimes são os relacionados com a fraude internacional, incluindo a fraude fiscal e a apropriação indevida”, lê-se no relatório.

Sobre a luta contra o financiamento ao terrorismo, o relatório afirma que, em 2019, a AIF “recebeu uma única denúncia potencialmente relacionada, direta ou indiretamente, com o financiamento desse fenómeno”, no entanto, após as devidas investigações, "revelou-se desprovida de elementos subjetivos ou objetivos que pudessem efetivamente conduzir a atividades de financiamento do terrorismo". Assim, “confirma-se um baixo nível de risco associado ao financiamento do terrorismo”, bem como “um nível médio-baixo de risco no âmbito do combate à lavagem de dinheiro, não se tendo verificado significativas ameaças internas”.

No entanto, o relatório adverte que “alguns setores ainda podem ser fortalecidos, como o das doações, das entidades sem fins lucrativos, das administrações públicas e dos contratos públicos”.

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