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Custódio deixa de ser treinador do Braga

01 jul, 2020 - 11:35 • Redação

António Salvador confirma saída do treinador, após derrota (4-3) com o Rio Ave, e quebra o silêncio sobre as arbitragens. Custódio Castro durou seis jogos ao comando do Braga.

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António Salvador confirmou, esta quarta-feira, a saída de Custódio Castro do comando técnico do Sporting de Braga.

Em comunicado publicado no site oficial, o presidente do clube minhoto confirma que Custódio comunicou, no final da derrota (4-3) no terreno do Rio Ave, a decisão de deixar de ser treinador do Braga.

"Esta posição inamovível do nosso treinador coloca um desafio acrescido ao clube para a fase final da temporada, mas é reflexo de um ambiente de contrariedade que em grande parte é provocado por erros externos que não são admissíveis nem desculpáveis", pode ler-se.

Custódio Castro saltou dos sub-17 do Braga para assumir o comando técnico da equipa principal depois da saída de Rúben Amorim para o Sporting, em março. Durou apenas seis jogos, com o registo de duas vitórias, um empate e três derrotas. Sob o seu comando, o Braga perdeu o terceiro lugar para o Sporting, que abriu uma distância de dois pontos.

Salvador culpa arbitragens pela saída de Custódio


Num comunicado em que quebra o silêncio sobre as arbitragens, Salvador considera que a saída de Custódio do Braga "é reflexo de um ambiente de contrariedade que em grande parte é provocado por erros externos que não são admissíveis nem desculpáveis".

"Quando o SC Braga impôs aos seus dirigentes, treinadores e jogadores um pacto de silêncio sobre a arbitragem (...) fê-lo por considerar importante que se esclarecesse se a ausência de ruído em torno do sector resultaria em melhores arbitragens e, por consequência, em resultados mais justos e em classificações mais condizentes com o valor desportivo demonstrado pelas equipas. (...) Ou seja, se num contexto quase laboratorial os erros persistem, então a conclusão a retirar só pode ser uma: o quadro de árbitros é fraco e o Conselho de Arbitragem é conivente com esta falência, permitindo que de forma reiterada se adulterem resultados e classificações", infere o dirigente.

O presidente do Braga considera que não é compreensível "que numa fase de renovação dos seus órgãos a Federação Portuguesa de Futebol mantenha intacta uma gestão que se tem revelado um fracasso a todos os níveis, reforçando a aposta em Fontelas Gomes e na sua equipa".

O Braga entende ser a "equipa mais prejudicada" do campeonato e nota a "coincidência de o clube mais beneficiado ser, mais uma vez", o Sporting, concorrente direto dos guerreiros pelo terceiro lugar da tabela.

Salvador apoia-se nos quatro penáltis assinalados contra o Braga nas últimas cinco jornadas para defender a tese e aponta que o jogo com o Rio Ave "significou novo atentado às leis do jogo e à evolução do sistema de auxílio às arbitragens, fazendo lembrar escândalos passados".

"O ataque ao SC Braga é um ataque aos seus sócios e adeptos e, por isso, é um ataque que a Direção não deixará de denunciar e de combater sempre que se verifique prejuízo da equipa, por um futebol mais justo e que valorize o esforço e o trabalho dos grandes treinadores, jogadores e profissionais que defendem este Clube", conclui António Salvador, presidente do Sporting de Braga, em comunicado oficial.

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